Como tudo começou

Sempre quis ter filhos. Quando meu marido e eu casamos, em 2006, combinamos de esperar cinco anos, já que eu tinha 23 anos e ele, 27. Mas em 2009 eu já comecei a insistir e começamos a tentar. Foi quando descobrimos minha endometriose. Minha ginecologista na época me sugeriu a videolaparoscopia para desobstrução das trompas e “faxina” dos focos no organismo. Disse que poderíamos tentar engravidar um mês depois da cirurgia. Me submeti à vídeo em fevereiro de 2010, quando ela viu que meu caso era mais grave do que parecia e me disse que, além da videolaparoscopia, deveria tomar uma injeção de Zoladex, que me deixaria em menopausa forçada por três meses e faria com que os focos que não haviam sido removidos na cirurgia secassem. Passados esses cruéis três meses, reiniciamos as tentativas, sem sucesso. Foi quando a médica me deu indutor de ovulação e acompanhamento do ciclo através de ecografias transvaginais. Vimos que um óvulo maturou e assim que passaram os dias da ovulação e fizemos o “tema de casa” comecei a tomar progesterona para segurar uma possível gravidez. Alguns dias depois, fiz teste de farmácia em casa e estava grávida. Foi uma alegria muito grande.

Pois essa história que conto não é a da minha gravidez múltipla e sim, de minha gravidez única, quando tive minha maravilhosa filha Mônica, nascida de 38 semanas e 2 dias, com 2 quilos e 545 gramas e 47 centímetros, no dia 4 de agosto de 2011.

Como contei no início, queria ter filhos, assim, no plural. Mas dois estaria bom. Então no início deste ano decidi (e meio que fiz meu marido aceitar meio goela abaixo) que queria ter mais um bebê. Parei de tomar meu anticoncepcional em janeiro e em fevereiro engravidei. Assim, rapidinho mesmo, depois de tanto tempo de tentativas na primeira gravidez sinceramente não esperava que fosse dar certo tão rápido. Mas devido às mil coisas que tinha lido e tinha feito para engravidar da Mônica no final de 2010, imaginei que as informações que tinha me ajudariam a conseguir logo. A única medicação que tomei foi a progesterona, pra “segurar” a gravidez já que meu histórico anterior mostrava que eu tinha falta desse hormônio na segunda fase do meu ciclo.

No dia 7 de março descobri minha gravidez através de exame de sangue, que mostrou uma gravidez ainda muito no início. Mas foi no dia 22 de março que tivemos nossa maior surpresa: nossa primeira ecografia mostrou dois sacos gestacionais. Entrei em pânico. Chorei, esperneei e perdi o chão, o porquê mal sei explicar. Acho que é uma insegurança muito grande e um medo de não dar conta do recado. E eu já tinha uma filha. Teria três.

Passamos 10 dias nervosos esperando o próximo ultrassom porque naquele anterior não tinha dado para ver os corações batendo, era muito cedo. A médica ecografista alertou que gravidez gemelar tem mais riscos e que é normal perder um no início. Estava chateada comigo mesma porque meus pensamentos estavam muito negativos. Quando chegou o dia da segunda ecografia, nos primeiros dias de abril, tomamos o choque número 2. Fiquei contente ao começar o exame e ver que os dois sacos gestacionais ainda estavam ali, não havia perdido nenhum bebê. Já estava me culpando mentalmente se tivesse perdido um. Foi quando o médico nos mostrou a situação: um dos sacos gestacionais estava normal, com um embrião dentro e a vesícula vitelínica. Só que (nunca vou esquecer aquele “só que” que o médico disse) no segundo saco gestacional existem dois embriões. São trigêmeos! Dois idênticos e um diferente. Univitelinos e bivitelinos na mesma gravidez. Dá pra imaginar algo assim? Saí daquela sala em choque e completamente apavorada. E agora? Terei quatro filhos com diferença de dois anos. Como isso foi acontecer comigo? Sem nenhum tratamento de fertilização? Sem qualquer histórico de gêmeos na família? E então começou nossa preparação para receber mais três membros na família.

0 comentários

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    Ana Matos

    Bah. Não sabia que essa era a história da Moniquinha. Que bacaaana que deu tudo certo. E deu tudo tão certo que agora vem mais 3 por aí! Parabééééns, família! :*

    1. mfvkaiser

      Sim, Ana. Essa é a história da Moniquinha. Tomando indutor de ovulação tive 1 óvulo. Sem fazer nada tive 2 e 1 ainda se dividiu. Beijos!

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      Mara Regina

      Legal tu estar escrevendo sobre tua tri gravidez, Michele!! Além de poder curtir teu repouso fazendo algo interessante, ainda poderá ajudar ou informar outras mamis que estejam em situação semelhante. Parabéns!! Agora vou acompanhar as notícias por aqui também!! Beijos!

      1. mfvkaiser

        Ainda tô aprendendo a me virar por aqui, mas espero poder ajudar e ser ajudada por outras mamães! Beijos, Mara!

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    Milena Faé Velho

    Êeeee que legal! Apoio muito esse blog! Beijos

    1. mfvkaiser

      Ah, que bom, Milena! Finalmente fiz. Beijos!

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    Renata Fries

    Muito linda a tua história, assim como a Ana, eu também não sabia da preparação para Monica e, fico muito feliz com essa gravidez “tri”, pois são três vidas que estão à caminho hehehe…Imagino que, dentre os vários sentimentos que estás passando, com certeza tu te sente abençoada pois terá sido essencial na vida desses quatro anjinhos!!!! Parabéns pela família e pelo blog 😀 Bjãoo

    1. mfvkaiser

      Muito obrigada pelo carinho, Renata!

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    Laiza VELHO

    Parabéns! realmente é uma coisa maravilhosa, que dá um frio na barriga se vai conseguir dar conta do recado… mas isso a gente aprende na hora!!e sempre pensamento positivo, porque ser mãe é uma benção!bjs

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    Uau, é coisa de Deus mesmo, estou entrando na oitava semana de gestação trigemelar, em repouso absoluto e tbm não encontrei muitas matérias na ney sobre… ja estou adorando o blog e vou ler TUDOOOO

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    Alana Campos

    Lindo Blog! Que Deus abençoe cada dia mais essa família linda!!!

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    Marcela

    Oi Michele, descobri seu blog hoje. É que até ontem, eu sabia que estava grávida, mas pensei que fosse apenas um baby, então não pesquisava sobre a gravidez de múltiplos e hoje tivemos a grande surpresa: três sacos gestacionais!!! Confesso que saí chorando do ultrassom, medo de dar alguma coisa errada, do risco da gravidez, etc. Mas agora lendo seu blog estou ficando mais tranquila.. Bjos

    1. Michele Kaiser

      Oi, Marcela! Seja bem-vinda! Conheço bem esse susto! Que coisa, né? Mas fique calma, informe-se. Estou aqui para o que precisar! Bjs!

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