Essa tal dermatite atópica é um assunto que me preocupa e irrita há muito tempo.  No primeiro inverno da Mônica, quando ela tinha cerca de 10 meses, começou com grosseira nas bochechas, pulsos e na parte interna dos cotovelos e joelhos. O diagnóstico era dermatite atópica, provavelmente causada pelo frio (ou pela mudança brusca de temperatura, coisa com a qual sofremos muito aqui na serra gaúcha).

Segundo os médicos que consultamos até hoje, a dermatite atópica é uma doença crônica que pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica.  A doença tende a apresentar-se com mais probabilidade no inverno, devido aos banhos muito quentes e contato com lã.

Como a Mônica teve uma bronquiolite naquele mesmo inverno (2012), levei-a num especialista em pulmão de criança para tratar o problema. Na ocasião, o médico me disse que os dois problemas dela eram causados pela mesma razão. Desconfiou que ela fosse candidata à asma (que só pode ser confirmada após os dois anos) e chamou a alergia da pele de “asma de pele”.

O problema da bronquiolite foi resolvido, o da alergia não. Levei a uma dermatologista e ela confirmou o que a pediatra havia dito, que ela tinha dermatite atópica. Receitou cremes que nem me lembro o nome, o fato é que nem sei se adiantou, afinal, a essa altura o inverno tinha passado e talvez tenha levado com ele a alergia.

Mônica voltou a sofrer com a dermatite no inverno de 2013. Melhorava e piorava. O inverno passou. Os meninos nasceram.

Nesse inverno, para minha surpresa (ou não), os três meninos apresentaram as mesmas alergias que ela tinha e também foram diagnosticados com dermatite atópica.  A maioria dos especialistas acha que a dermatite atópica tenha uma base genética. O Murilo passou um mês com as bochechas supervermelhas e com grosseiras (aparentava ter coceira também) e a Mônica estava numa crise tão feia que eu não sabia mais o que fazer. Sempre passei muuuuuito creme nela, e acabava passando neles por consequência. Tentei diversos tipos de creme hidratante hipoalergênico nacional e importado (se você me sugerir algum, pode ter certeza que já usei). Por que tentei tantos? Os médicos sempre dizem que a dermatite atópica deve ser tratada com muita hidratação da pele. Mas uma pulguinha atrás da minha orelha sempre me dizia que os cremes pioravam a situação. A pediatra nos indicou uma alergologista, especialista em crianças (e que não atendia o plano). Paguei uma consulta pra Mônica e levei o Murilo junto (tinha que levar um porque naquele dia não havia encontrado alguém pra ajudar minha mãe com eles). A médica desconfiou que ela pode ter, além da dermatite atópica, também a dermatite de contato. Nos  deu um tratamento com antibiótico, pomadas, e mandou cortar TODOS os cremes. Não passar nada com cheiro nem com algumas substâncias que ela listou. Mônica melhorou muito! Quanto ao Murilo, ela sugeriu que também não passasse nada, somente chá de camomila. Chá de camomila? É, chá de camomila. Acreditam que melhorou?

Isso que comentei já faz alguns meses, mas agora o Marcelo está com o mesmo problema. Como nossa experiência mandava não passar nada, não quis tentar as sugestões que recebi de alguns amigos, conhecidos e leitores do blog. Porém, no desespero, tentei passar pomada com nistatina e também água com maisena. Parece que piorou, vejam:

Aí resolvi acreditar e recorrer novamente ao chá de camomila… Viram o rosto dele todo molhadinho? Tá “lavado” de camomila. Hehehehe.

Vamos ver o que vai acontecer. Uma coisa chata é que o clima por aqui continua friozinho e com bastante variação. O que, pra mim, só faz piorar o caso do moço. Bom, vamos torcer.

Infelizmente não tenho a solução para o problema. E vocês? Alguém já passou por isso e conseguiu resolver? Dizem que, conforme a criança vai crescendo (em torno dos cinco ou seis anos), melhora.  Vamos torcer pros quatro melhorarem!

Até mais!