Eles se bastam?

Sempre tive curiosidade em como seria o relacionamento de gêmeos entre si. Ouvia muito falar sobre o fato de eles serem muito unidos, se entenderem de forma diferente dos outros tipos de irmãos mas também de, muitas vezes, não gostarem de ser gêmeos.

Meus filhos não tinham aquele entrosamento que eu pensei que teriam quando ainda eram bebês pequenos. Eu achava estranho um nem dar muita bola para o outro, pensava que tinha algo errado. Mas a verdade é que a união deles se mostrou ser grande e, conforme eu imaginava, é maior entre eles do que conosco. Eles se importam mais um com o outro do que com a gente.

Hoje, o comportamento deles é bem entrosado. Eles curtem ficar juntos. Eles gostam de brincar, de brigar e um provoca o outro para fazerem artes juntos. Quando saio de casa só com um (coisa que não acontece com muita frequência), eles passam o tempo todo procurando e chamando pelo que saiu. Se estão almoçando e um derruba a colher no chão, os outros dois pegam suas colheres e derrubam no chão também, para que os três desçam da mesinha e peguem juntos os talheres. Se um faz uma arte e é repreendido por nós, os outros dois fazem exatamente a mesma coisa para que também os repreendamos, e tudo fique igual. Se um ganha uma bolacha, os outros olham bem para aquela bolacha e querem que a gente dê a bolacha exatamente igual. Ai de nós se a dita bolacha acabou e um ficou sem. Eles comparam tudo e fazem tudo em sintonia. É aquele negócio: eles se conhecem desde o útero. Acho que eles não se enxergam como um, mas como um conjunto, um grupo de pessoas que é uma só. A nossa ausência não causa estranheza, mas a ausência de um deles faz toda a diferença. Quem sou eu, sem a presença de um dos três que eu sou? Doido isso, né?

Mas isso não quer dizer que não gostem de nós ou que não precisem de nós. Muito pelo contrário, acho que temos que estar cada vez mais presentes para mostrar para cada um deles que são, sim, seres individuais e que podem existir, interagir e divertir-se conosco sem a presença dos irmãos. A gente tenta passar momentos sozinhos com cada um deles para observar as diferenças de comportamento e personalidade, mas eles são, sim, muito ligados uns aos outros. Acho que cabe à nós aprender a guiá-los e orientá-los para deixarem outras crianças e outras pessoas fazerem parte de suas vidas. Sem, claro, forçá-los a ficar separados. Será que está, afinal, na hora de colocar esses pequenos em uma escolinha?

Até mais!

11 comentários

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    Adriana

    leio sempre seus post´s mas nem sempre comento, mas este ma chamou a atenção. tenho gêmeas e sinto o mesmo que elas são ao mesmo tempo diferentes e iguais. querem as mesmas coisas, o mesmo tratamento e por causa da idade (2 anos e 9 meses) já querem a roupa com as mesmas estampas e do mesmo tipo: bolsos, botoes…mas ainda consigo que não seja da mesma cor, cada uma tem a sua mas as vezes elas se trocam (não gosto muito de vestir elas igual mas respeito que faz), coisa mais fofa de se ver. também tentamos trata-las individualmente, mas respeitamos a igualdade também. quanto a escola coloquei elas meio período este ano e as duas juntas, pois achei que não deveria separa-las, mas cada um pensa de um jeito e eles vão nos dizer o que é melhor para eles, então cabe a nós ver. na sala não fazem mais as atividades juntas, brincam em brinquedos diferentes e cada uma tem seus amiguinhos, cada uma esta formando sua individualidade. e quanto o entrosamento agora que brincam juntas, senão era cada uma no seu e muitas brigas (tinha dias que eu pensava em desistir, por tudo elas brigavam), mas creio que com a idade e com a nossa persistência em brincarem juntas, se respeitarem e pararem de brigar estão mudando.
    só quem dois ou mais sabe do que estamos falando… rsrsrsr… coisa mais boa do mundo…
    saúde, paz e amor para todos.
    bjos….

    1. Michele Kaiser

      Obrigada por dividir sua experiência comigo! Eu sempre penso em separar os meus, mais conforme vão crescendo eu começo a achar que talvez não seja uma ideia tão boa. Só quem tem entende, vc tem razão! Beijos!

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    Deoleides

    Acompanho the blog e acho muito interessante tuas publicações. Tenho sobrinhos trigêmeos, leio tudo e me divirto com as estripulias dos teus. Bjs

    1. Michele Kaiser

      Teus sobrinhos são arteiros como os meus filhos? kkkkk
      Obrigada por nos acompanhar! Beijos!

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    Mariane

    Acompanho seu blog, e sempre comento, mas hj…tem um gostinho especial. Estou só na imaginação, QUE AMADOSS!! Deve ser um elo muito forte mesmo, quero dar um mano(a) p o meu logo, ele é tão sozinhi, tenho o maior dó do mundo. bjs

    1. Michele Kaiser

      Irmão é tudo de bom mesmo! Até para ser cúmplice nas bagunças! Beijos!

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    Teresa Namatame

    Adorei ler teu blog!
    Me apaixonei mesmo não tendo gêmeos.
    Tenho 3 meninos mais São escadinha Renato com 7 anos, Vítor com 1ano e 11 meses e o júnior com 8 meses. Gasto bastante com fraldas, lencinhos e leite e sofro pq aqui tbm temos que ser regrados na hora de dormir , acordar tudo!!!!

    Mais me acostumei e somos bem feliz!

    Beijos e que Deus abençoe muito vocês vou continuar acompanhando!

    1. Michele Kaiser

      É bem isso mesmo, né, Teresa? A gente se acostuma e acaba não se importando, afinal, o que importa é o amor! Que bom que você gostou do blog! Espero que continue nos acompanhando. Beijos!

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    Carem

    Olá Michele! Tenho uma sugestão. Que tal colocar os meninos na aula de musicalização para bebes!! Seria uma vez por semana pra eles interagir com outras crianças sair da rotina e aprender. E pra vcs sairia bem mais barato que a escolinha sem doenças e horários pra cumprir todo dia sem contar que já seria uma preparação pra escola no próximo ano. Dei essa sugestão mas VC pode ver aula de outras oficinas q preferir ou encontrar bjs

    1. Michele Kaiser

      Obrigada pelo sugestão! Vou me informar! A Mônica também não ia pra escola, aí acabei colocando ela no ballet. Vou seguir sua sugestão! Bjs.

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