Imagina quantas vezes uma mãe escuta chamar “mamãe” todos os dias? Agora imagina quando se tem quatro filhos? A gente quer que comecem a falar logo, mas depois que começam, não param mais, não é mesmo? Aqui em casa, os meninos começaram a falar e expressar suas opiniões e vontades há apenas quatro meses, mas estão tão tagarelas que resolvi contar algumas das coisas que meus filhos falam com mais frequência.

1) Quero o celular da mãe! Toda a vez que eles me vêem, seja quando acordamos ou quando eu chego em casa do trabalho, eles vêm correndo em minha direção dizendo “çululá da mãe”. Principalmente o Marcelo. Até eu conseguir despistá-lo, passa-se um bom tempo.

2) Não pode brigar! Na língua deles: “não pódi bigá” ou “não faiz achim”. Geralmente o Matheus diz alguma coisa que o Marcelo não gosta, aí o Marcelo responde dizendo alguma coisa gritando e o Matheus chora dizendo “o mano bigô”. Ai ai.

3) Eu fez cocô, eu fez. Acho uma graça porque eles estão começando a avisar quando fazem as necessidades. Estão dando sinais de estarem prontos para começar o desfralde (mesmo assim esperaremos passar esse frio!). Só que eles sempre falam assim: “eu fez cocô, eu fez”. “Não fez xixi, não fez”. “Eu qué bolo, eu qué”. Repetindo o verbo. Coisa mais engraçadinha.

4) Eu não sou o Marcelo, sou o Matheus. Às vezes a gente se confunde quem é quem. É mais comum a gente saber quem é mas, mesmo assim, errar o nome na hora de falar. Os três, principalmente o Matheus, corrigem a gente na hora. “Não sô Macelo, sô Mateu”, bem brabo.

5) Essa não, sumiu! Eles aprenderam a falar assim por causa de uma brincadeira com o papai. Desde então, sempre que não acham alguma coisa, eles dizem “echa não, chumiu”. E quando encontram: “achôôô” e todos os três repetem várias vezes o que eles acharam.

6) Ficou feliz. Depois de fazerem um “dodói” ou caírem, eles ganham um beijinho da mamãe ou do papai no dodói e dizem “ficou feli” (feliz). Às vezes um bonequinho cai no chão e eles dizem “ficou triste, ficou feli”.

7) Agora eu! Os coitadinhos sempre têm que esperar a sua vez para descer o escorregador, dar cambalhotas no colchão, ganhar uma colherada de iogurte e/ou qualquer outra coisa. Essa frase é a que eu mais escuto aqui em casa, e geralmente ela vem seguida de choro ou birra.

8) Esse é meu! Uma variação da frase acima é “Esse é meu!”. Coitadinhos, todos os brinquedos são de todos e há vários brinquedos, mas eles sempre querem o mesmo. Sempre.

9) Mamãe, o mano não deixa eu brincar. Essa é da Mônica. Ela quer brincar com seus quebra-cabeças, com os jogos de tabuleiro, com as massinhas de modelar, com algum brinquedo de pecinhas e os manos vêm atrapalhar. Eles ainda não entendem as regras e ela fica chateada porque eles não deixam eu jogar com ela sem ir lá arrancar as pecinhas do lugar certo. Temos aproveitado os horários que eles dormem para brincar com esses tipos de jogos com ela.

10) O papai é amigo/a mamãe é querida. A gente ensina que não pode brigar porque o papai, a mamãe e os irmãos e irmã são amigos e queridos. Então muitas vezes quando um briga com o outro eles dizem que a pessoa é amiga ou querida.

Matheus e Murilo tagarelando.

11) Esse não fica de pé. Eles adoram ver qual dos brinquedos ficam ou não ficam “de pé”. Colocam todos no chão ou na mesinha e vão testando. “Esse fica de pé”, “esse não fica de pé”. Se divertem.

12) Não fui eu! Essa é clássica! Mamãe pergunta quem fez alguma arte e cada um que não foi diz “não fô eu”. Mas eles apontam quem fez e o autor da sem-vergonhice sempre diz “fô eu!”, assumindo sua culpa. Queridos.

E essas são algumas das coisas que meus filhos falam. Umas fofurinhas, né? Até mais!