Hoje a Luceli de Jesus Santos, de Diadema-SP, conta sua história. Ela tem 31 anos e, assim, como eu, teve duas gestações e quatro filhos: uma menina chamada Clara (6 anos) e os trigêmeos Caique, Cauã e Cauê (3 anos). Apesar de serem muito parecidos, eles são trivitelinos (não idênticos).

“Minha primeira filha tinha 2 anos e meio quando decidi por conta ter outro filho… Nem comentei nada com meu ex-marido (sim, sou mãe solteira, ele decidiu cair fora… Mas isso é outra história)… Aí consegui engravidar na primeira tentativa! Legal, Clara iria ter um irmãozinho! Já sabia até o nome… Cauã!

Não tenho muitas condições, trabalho por conta (sou cabeleireira), minha casa é pequena, não tenho carro e fiz todo o pré-natal pelo SUS… Por este motivo não fiz ultrassom no incio da gravidez, demorou pacas! Minha barriga foi ficando gigantesca mas como na minha primeira gravidez minha barriga também ficou enorme… Tudo bem! Só que a demora estava começando a me incomodar e eu resolvi pagar a ecografia, eu já estava com 6 meses.

Na hora do ultra o médico disse: – Mãe, é um menino… E o segundo também é! Aaaaahhh espera aí que tem mais um! E é um menino também!

Nesse momento eu entrei em choque, senti as lágrimas descendo… Até hoje não sei exatamente o que eu senti… Mas foi um mix de desespero, pânico e alegria juntos! Quando cheguei em casa eu chorava muito porque pensei não conseguir criar todos… Eu não tinha carro como iria passear com eles e o pior como eu iria trabalhar!? Lembrei que eu não tinha nada nem berço nem roupas!!! Estava de 6 meses eles logo iriam nascer! Chorei horrores por 15 dias…

Se não fosse minha mãe para espalhar para todo mundo (porque nem coragem de dizer para as pessoas que eu estava grávida de trigêmeos eu tinha)… Graças a atitude dela o boato se espalhou e fui ganhando doações de pessoas que eu nem conhecia e que hoje são meus eternos anjos da guarda.

Eles nasceram no dia 21 de maio de 2011, de 32 semanas, com 2 quilos exatamente cada um e 48 cm… Tive minhas complicações (pré-eclampsia, dores, não conseguir andar e nem comer) mas isso tudo passou graças a Deus. Até hoje não tenho carro, porque não tenho condições, batalho sempre no meu salão (amo minha profissão) e se não for minha mãe eu não tenho como sair de casa.

O pai dos meninos resolveu pular fora do barco dizendo não saber se era aquilo que ele queria para ele (egoísta sim, mas…). Faço o que posso para deixar os 4 felizes… São meus presentes, meus amores, meus terroristas!”

Essa mãe é uma guerreira! Tem toda a minha admiração. Espero que tenham gostado!

Você também tem trigêmeos e quer contar sua história? Manda um e-mail pra mim: contato@ostrigemeosdamichele.com.br

Até mais!!!