O blog abre espaço para contar a história da Caroline dos Santos Batista, de 36 anos, casada com Fábio Costa, de 34. A família mora em Brasília-DF. Eles já eram pais da Gabrielle quando descobriram que esperavam trigêmeos idênticos!
“É um livro essa vida que levamos intensamente com os trigêmeos e mais uma! Minha história começou quando tinha por volta de uns 5 anos, quando cismei que quando fosse mulher e mãe teria gêmeos “iguais” e isso aconteceu porque minha mãe e minha avó na época diziam que se a gente comesse banana grudada, duas gemas de um mesmo ovo, e qualquer alimento que tivesse grudado, teria gêmeos! Passei minha infância, adolescência, juventude e fase adulta comendo esses “alimentos gêmeos”. Lá em casa todos já sabiam e deixavam aquelas bananas grudadas pra mim!
Sempre fui louca por gêmeos e quando minha irmã engravidou, na segunda gestação, de gêmeas idênticas, curti ao máximo e achei que já tinha realizado meu sonho com minhas sobrinhas.
O tempo foi passando, casei, engravidei da minha filha Gabrielle, minha princesa. Claro que fiquei na expectativa de gêmeos mas me contive. Curti cada minuto da gestação e digo que brinquei de casinha com ela. Mas nos meus sonhos eu teria uma menina e teria gêmeos idênticos. Sempre tive essa fé louca. Bom, aí esqueci de tomar o anticoncepcional por dois dias e, naquele pensamento de tomar quando esquece, nunca imaginei que engravidaria! Mas comecei a passar muito mal, enjoava até da minha sombra e com minha irmã havia sido assim. Então ela e minha mãe olharam pra mim e minha irmã disse: ‘Carol, devem ser gêmeos porque você está igualzinha quando fiquei gravida das meninas!’ Fiz o teste de farmácia e deu positivo e na mesma semana fiz a ecografia. Meu marido nem foi comigo nessa primeira eco porque achávamos que, como não era a primeira gestação, já sabíamos como era. Na sala, a médica viu dois embriões e eu já abri um sorriso e já comecei a chorar! A médica achava que estava chorando de desespero (como é o que acontece com a maioria), mas não, eu estava tão feliz que chorava e ria ao mesmo tempo! Aí veio a surpresa, a médica fez uma casa de espanto e disse ‘Não acredito! Como foi mesmo que engravidou?’ Pois é, ela viu o terceiro embrião! ‘Está vendo aqui? São três!’ Ela chamou todos da clinica para ver! Imagine a situação! Eu lá naquela posição horrível, chorando feliz da vida e ela mostrando para os outros médicos! Hahaha. Da clínica mesmo liguei pra contar pra minha irmã, que não acreditou e me mandou dirigir com calma e ligar de novo quando chegasse em casa. Até hoje a gente ri da reação do meu marido! Ele ficou umas duas semanas em choque!!! Sem acreditar, olhava várias vezes a ecografia e só acreditou na segunda ecografia que fizemos porque ele foi comigo.
Eu não me continha em alegria e agradecimentos porque meu sonho estava se concretizando. Mais tarde foi identificada somente uma placenta e que o sexo era masculino. As recomendações da minha médica e de todos eram repouso absoluto! Cuidei de mim como nunca havia cuidado, fiz tudo que era recomendado mas mesmo assim eles quiseram nascer antes do tempo previsto. Com 31 semanas, passei mal na madrugada, o tampão saiu e liguei para a médica às 4 horas da madrugada e ela mandou eu correr para o hospital. Foi tudo lindo, mesmo com as dores foi tudo perfeito. No dia 28 de outubro de 2010, Kalel, Kaleb e Kauã às 10h30, 10h31 e 10h32. Todos com exatamente 1,5kg e 43cm, 42cm e 41cm, respectivamente. O hospital parou por conta deles! Tive muita atenção e carinho, o amor que tive na UTI, o atendimento e carinho de todos nos fortaleceram cada vez mais e mais. A única coisa ruim que muitas mães passam é a nossa alta sem os bebês. Aquilo ali me matou por dentro, foi uma sensação horrível sair sem nenhum bebê! Mas eu ficava com eles todos os dias no hospital, só ia pra casa a noite. Eles ficaram 21 dias na UTI e tiveram alta juntos, no mesmo dia!
A vida com os trigêmeos
No começo tive ajuda da minha mãe e meu marido. Fiquei seis meses de licença-maternidade e um mês de férias, então voltei a trabalhar quando eles tinham sete meses. Porém não aguentei e saí do emprego. Fiquei 10 meses e nesse período tinha uma babá que ajudava minha mãe com eles. Assim que saí do emprego dispensei a babá e ficamos só eu, minha mãe e meu marido.
São tantas coisas que vivemos com eles. O Kauã (o terceiro), após um mês que tinha saído do hospital, engasgou com o leite e pegou uma pneumonia e também uma infecção no intestino. Passou mais um mês na UTI eu não tinha vida porque tinha que ficar com ele no hospital e tinha o Kalel e o Kaleb também para cuidar. Meu coração partia quando deixava ele sozinho, mas a equipe médica, entendendo a minha situação, deixava sempre uma enfermeira só para ele quando eu não estava. Graças a DEUS ele foi um vitorioso e saiu dessa passando a perna nos outros porque hoje ele é o maior, o mais comilão.
Por serem idênticos e terem nascidos com o mesmo peso e praticamente nenhuma característica à parte, eram todos muito iguais. Tive a idéia de identificá-los com uma fitinha no pé para não correr o risco deles tirarem com a boca na mão. Até os 6 meses de idade eles usavam uma fita, cada um tinha uma cor. O Kalel sempre foi verde, o Kaleb azul e o Kauã amarelo ou laranja. Assim ficava fácil a identificação. Depois desse período não precisamos mais.
Foi tudo lindo e perfeito, hoje eu só sou alegria porque tenho uma princesa linda e meus trigêmeos que agora estão uns rapazes de 4 anos já na escola! Impossível não ser a atração onde passam. Além do meu sonho de tê-los, tinha o sonho de sempre vesti-los iguais! Sempre foi assim, até hoje recebo algumas críticas, mas nem me importo. Já comprovei à algumas pessoas que o melhor pra mim é vesti-los iguais porque quando estão em lugares cheios de crianças brincando é fácil de achá-los! Eles também adoram estar sempre iguais! Essa é uma característica nossa, sempre iguais, adoramos confundir as pessoas”.
Atualização em 01/12/2015: a Carol me mandou esse depoimento em março de 2015. Em dezembro de 2015 ela se descobriu grávida novamente! Está de 9 semanas, depois de ter feito ligadura há mais de dois anos. Apesar da surpresa, a família está muito feliz! “Meu marido está comemorando que é ‘só’ mais um. Afinal, seremos sete com o novo integrante e o nosso carro é de 7 lugares! Já pensou se na próxima ecografia a doutora acha mais um?”, brinca. “Estou num turbilhão de emoções, me sentindo preocupada mas ao mesmo tempo feliz, me sentindo perplexa mas especial, me sentindo confusa mas determinada”, postou em sua página no facebook. Parabéns, Carol e Fábio!
Muito legal a história da Carol! Muito obrigada pela participação! Você também tem trigêmeos e gostaria de contar sua história aqui? Manda um e-mail pra mim: contato@ostrigemeosdamichele.com.br
Até mais!
Linda!! Historia Carol Parabéns!!!