Matheus e Murilo são destros. Mônica é canhota. Marcelo estava sem definição. Trocava muito de mão na hora de pegar os talheres e de pintar ou desenhar. Mas depois deste fim de semana, posso dizer que meu filho é canhoto. Marcelo pareceu assumir sua facilidade maior com a mão esquerda e ficou super feliz com isto.
Desde muito pequena, Mônica mostrou preferência pela mão esquerda. Pegava com a mão esquerda a colher ao se alimentar, o pente ou escova para brincar com os cabelos. Quando iniciou os rabiscos, sempre escolheu a mão esquerda para segurar o lápis. Outro indício era o dedinho, que infelizmente ela ainda chupa. Sempre preferiu colocar na boca os dedinhos da mão esquerda.
Leia como ajudar um filho canhoto com 5 dicas úteis
Quando os trigêmeos passaram pelas mesmas fases, Murilo e Matheus (nossos univitelinos) sempre se mostraram destros. Meu marido e eu somos destros também. Mas Marcelo sempre esteve indefinido. Ao comer, pegava tanto com a mão direita como com a esquerda. Mas não se mostrava hábil com as duas, pelo contrário. Fazia bagunça com as duas mãos. Neste ano de 2017, quando iniciou a escola, tanto eu como a professora ficamos observando quando – ou se – ele iria se definir. Que mão ele iria, afinal, escolher?
Cheguei a pensar que ele poderia ser ambidestro, com facilidade para usar ambas as mãos. Mas creio que agora ele tenha se definido. Ele realmente mostrou mais habilidade com a mão esquerda para rascunhar e pintar um livrinho neste último domingo. Talvez, anteriormente, ele acabava sempre optando pela mão direita por imitação aos irmãos. Mas creio que, finalmente, podemos dizer que Marcelo é canhoto. Sendo assim, tenho dois filhos destros e dois filhos canhotos.
Então, que providências devemos tomar?
Na verdade, pela experiência que temos com a Mônica, acho que não precisamos dar tanta importância ao fato. É bom definirmos para sabermos lidar com dificuldades que ele pode apresentar, orientando e guiando sua aprendizagem. Mas ficar falando sobre o assunto, o apontando como canhoto, pode fazê-lo pensar que isto é um problema. E não queremos nada disto. Mônica nunca apresentou qualquer dificuldade na escola e as professoras nunca tentaram “corrigi-la” porque desde a matrícula eu informei que minha filha era canhota.
Para nós, pais, cabe orientar e guiar nosso filho para conseguir lidar com as pequenas dificuldades. Mônica tem tesoura especial para canhotos (que recebemos da loja online No Destro, parceira do blog) em casa e na escola. Sempre que preciso ensinar algo a ela, me posiciono à frente e não ao lado. Costumo lembrá-la, quando escreve na lousa branca com caneta para quadro, que não pode se apoiar ao escrever, senão acaba apagando o que fez. E a gente sempre trabalha a auto-estima dela, elogiando o fato de ela ser canhota e pontuando que os canhotos, dizem, tendem a ser mais criativos e a usar mais a imaginação.
Para a auto-estima dela, a descoberta de mais um membro da família canhoto fez muito bem. Ela agora pode ajudá-lo, sabendo que somente ela e ele compreendem um ao outro neste sentido. Para ele, ter a irmã canhota para guiá-lo será muito especial. Afinal, são muito especiais esses canhotos. Até mais!