1º dia de aula

Chegou o dia tão esperado e tão ansiado por todos na casa: o dia da Mônica ir para a escola. Eu tinha vários medos e receios, mas tinha certeza que ela iria numa boa.

Iniciamos o dia com calma. Começamos cortando as unhas dela (para não machucar os coleguinhas), colocamos outra roupa para almoçar (e não sujar o uniforme), arrumamos a lancheira (mandei melão cortado, bolachas integrais Nesfit de morango, iogurte de beber e água). Almoçamos no restaurante em frente para não cozinhar e atrasar a ida à escola. Hoje e até o fim da semana eles estão fazendo a adaptação para os alunos novos, então o horário é reduzido. Ela iria passar apenas 2 horas e 15 minutos na escola. Tudo certo.

Mamãe estava numa boa, sem estresse, só na expectativa boa. Ela estava louquinha pra ir. Já sabia o nome de umas 3 ou 4 amiguinhas de cor (lemos na lista dos alunos matriculados). Ela quis preparar a lancheira. Eu expliquei como seria tudo. Disse que até para fazer xixi ela teria um vaso especial, uma pia de crianças para lavar a mão. Ela estava empolgadíssima.

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Lá chegamos (peguei um trânsito do cão), estacionei, tirei ela do carro, coloquei a lancheira nas costas e entramos na escola. De mão dadas. Ela viu logo de cara umas professoras vestidas de fadas e princesas da Disney. Começou a dar gritinhos de alegria. Nos encaminhamos até o local onde eu a deixaria. Na porta da área da educação infantil da escola, havia 5 monitoras e duas coordenadoras. Para não haver confusão (e choradeira), me informaram que teria que deixá-la ali para que fosse levada até a sala por uma das monitoras. Me deu aquele primeiro baque.

Ela largou a minha mão, pegou a mão da monitora e disse pra ela: “Viu que lindo meu tênis novo?” A monitora deu conversa e ela continuou “Minha lancheira da Hello Kitty é nova e está cheia de coisas!”. A monitora disse pra ela me dar tchau. Eu me abaixei, ela me abraçou, me deu um beijo e disse “Tchau, mamãe!”. Faceira da vida, meio cantarolando, meio dando saltinhos, ela me deu as costas e foi. Nem olhou pra trás.

Sabe aquele abobamento que dá na gente? Eu tinha me programado para ficar por ali mais uns 20, 30 minutos. Tinha intenção de ficar nos arredores do bairro da escola resolvendo algumas pendências (jura). Não ia voltar pra casa, só depois de buscá-la. Vai que me ligam, né? Pois me vi ali, vendo outros pais chegarem, largarem seus filhos (vezes chorando, vezes sorrindo), pais e mães conversando sobre a escola, professores e monitores orientando, etc. Eu ali, abobada, com os olhos cheios de água, completamente esquecida numa recepção de escola. Meu tesouro? Simplesmente me beijou e foi. Nem olhou pra trás pra dar uma conferidinha. Foi feliz da vida.

Não me entendam mal. Estou extremamente feliz e aliviada por ter sido assim. Mas sabe aquele misto de orgulho pela independência dela e preocupação em ela nem precisar mais de mim? Coisa de mãe louca?

Quando passou as 2 horas e 15 minutos, eu era uma das primeiras mães que já estavam ali esperando os portões abrirem. Quando abriram, fui a primeira a entrar. Permitiram que buscássemos dentro das salas de aula. Cheguei lá e a Mônica me viu. Sorriu, me mostrou o escaninho dela, os materiais e tudo mais. Me mostrou o banheiro “baixinho” que fica do lado da sala dela. Quis fazer xixi pra me mostrar que sabia.

A professora contou que ela comeu todo o lanche. Obedeceu. Me disse: “Ela é bem resolvida, né?” Vi alguns chorando, vi muitos correndo nos braços dos pais quando chegaram. A Mônica? Tive que lutar pra vir embora.

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Difícil trazer pra casa quando tem um escorregador desse bem na porta da saída, né?

No meio tempo que estava fazendo hora para buscá-la, a babá dos trigêmeos me ligou. Estava com febre e se sentindo muito mal. Pediu pra que eu voltasse logo e a levasse em casa. Por sorte minha faxineira estava em casa para ajudá-la com as crianças. Por sorte uma prima de minha mãe apareceu para ajudar também. Eu estava aflita para voltar logo pra casa, mas a Moniquinha queria brincar. Foi difícil, mas a convenci a vir porque os maninhos precisavam de nós.

Deu tudo certo. E amanhã tem de novo. Espero que ela se mantenha empolgada. Vou contando por aqui. Até mais!

13 comentários

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    Renata

    Adorei ler a primeira experiência escolar da Mônica, me fez lembrar do meu primeiro dia no Santa em que, ao ver um colega chorando que queria ficar com a mãe, chorei também e não quis ficar… e me lembro de durante a aula pedir pra ir no banheiro e chorar de saudades da minha mãe… hehehe… por isso, fica tranquila, Michele, pois só de saber que pra ela não é angustiante essa “separação” (mesmo que momentânea) já é um enorme alívio pro teu enorme coração!!! Bjao

    1. Michele Kaiser

      Obrigada pela força, Renata! Lembro que a mãe contava que eu não queria ficar no primeiro dia da 1ª série com a professora Jaqueline porque tinham me dito que a profe era outra. Eu queria aquela que tinham falado. Enfim, obrigada pela força. Do meu primeiro dia na escola (no jardim) não me lembro, mas dela nunca vou esquecer.

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    Débora Slaviero

    Que linda!
    Fiquei ansiosa também com o primeiro dia dela. Na verdade, queria que todas as expectativas dela fossem supridas. Ainda bem que sim, ao menos no primeiro momemento. O primeiro dia de aula da Babi também foi mais ou menos assim. Ela estava super empolgada e fazia “tchauzinho” toda hora porque queria ficar sozinha com a profe e os colegas. Essas menininhas são demais! Beijos, Dedi!

    1. Michele Kaiser

      Bem típico da Babi também, Debi. Foram supridas todas as expectativas e necessidades. Hehehehe. Um beijo.

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    Ayla Costa

    Com o meu filho também foi assim,ele foi com a professora todo feliz e eu que fiquei chorando.Quase n acreditei que nem olhou para trás. Fiquei feliz por ele, mas contando os minutos para ir buscar…. Quando cheguei lá,ele não queria sair ,tive que insistir muito e ele foi o último a deixar a sala. Isso foi à dois anos e até hj ele continua do mesmo jeito,vai todo feliz e nem olha para trás.

    1. Michele Kaiser

      A gente fica feliz, né, Ayla? Mas ao mesmo tempo dá aquele embrulho no estômago…

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    Muio lindinha sua filha!!!
    Lendo seu texto, relembrei minha filha (hoje com 15 anos) e seu primeiro dia de aula. Ela entrou na escola toda desconfiada, agarrada na minha mão. Assim que cheguei na porta da sala de aula e ela viu as mesinhas do tamanho dela, os brinquedos e os novos amiguinhos, me abraçou, me deu um beijo e tchau. Assumo que partiu meu coração! Como estava grávida e mil vezes mais sensível que o comum, sentei e chorei muito!!!! As tias tiveram que me ajudar. Que vergonha!

    1. Michele Kaiser

      Ehehehehehehe… Hoje foi o segundo dia e um a Mônica foi de novo, sem problemas. Fiquei lá parada feito uma tonta e um monitor me perguntou: “você está esperando alguém?” Eu disse: “não, tô juntando coragem pra ir embora!” Kkkkkk

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    Sou apaixonada pela sua Mônica! Rsrs Ela é muito esperta, inteligente, feliz e linda!
    Não tenho filhos ainda, mas imagino o quanto deve ser difícil esses primeiros momentos na escola, mas não se preocupe, tudo dará certo!
    Um beijo para toda a sua enorme e linda família!

    1. Michele Kaiser

      Eu também sou apaixonada pela Mônica! Kkkkkk Muito obrigada!! Um beijo!

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    Priscila Ponte

    Como diz a Peppa “mamãe bobinha” rsrsrsrs, de onde vc tirou a ideia de que ela não vai mais precisar de vc??? Isso nunca vai acontecer, vc já fez “marcas” boas inapagáveis em sua menina e ela nunca deixará de precisar de vc. Nem que seja só para ouvir um “oi, filha, eu te amo” quando ela já for adulta.
    Veja sua mãe, foi seu braço direito com o trio, vc não precisou da sua mãe mesmo depois de ser mãe? Rsrsrsrs… Sei que esse post é antigo, mas nunca mais pense “eles não precisam mais de mim”. Vão precisar para o resto da vida 😉

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    Priscila Ponte

    Como diz a Peppa “mamãe bobinha” rsrsrsrs, de onde vc tirou a ideia de que ela não vai mais precisar de vc??? Isso nunca vai acontecer, vc já fez “marcas” boas inapagáveis em sua menina e ela nunca deixará de precisar de vc. Nem que seja só para ouvir um “oi, filha, eu te amo” quando ela já for adulta.
    Veja sua mãe, foi seu braço direito com o trio, vc não precisou da sua mãe mesmo depois de ser mãe? Rsrsrsrs… Sei que esse post é antigo, mas nunca mais pense “eles não precisam mais de mim”. Vão precisar para o resto da vida 😉

    1. Michele Kaiser

      Tomara que precisem mesmo! Terei grande prazer em zelar por eles. Adorarei cuidar dos meus netinhos também! Beijos.

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