Todos os dias a gente tenta dar o melhor de si e ser não a melhor mãe do mundo ou uma mãe perfeita, mas a melhor mãe que a gente pode ser para nossos filhos, certo? Pois é. Então por que continuo me sentindo uma péssima mãe?
Toda vez que penso sobre isso e tento entender porque me sinto assim, percebo que meu sentimento mais profundo de culpa tem a ver com minha quantidade de filhos. Não me entenda mal, eu não me arrependo de ter tido quatro filhos. Até porque eu não poderia ter evitado a vinda deles e os recebi com todo o meu amor. O problema é que eles são muitos e eu sempre estou pensando que não estou dando atenção o suficiente a todos como merecem. Mesmo quando estou passando um pouco de tempo individualmente com cada um, me sinto culpada por não estar com os outros. Acabo achando que passei com eles apenas tempo em quantidade, mas não em qualidade. Acabo me sentindo uma péssima mãe.
Mesmo tentando fazer com que eles se alimentem direito, vira-e-mexe eu deixo eles comerem biscoito ou chocolate. Evito ao máximo os alimentos industrializados, mas às vezes até uma visita que a gente recebe aqui em casa acaba trazendo um docinho para eles e eu deixo comerem. Sempre acho que não tem problema fazer isso de vez em quando porque compenso dando bastante frutas, vegetais (principalmente brócolis), arroz, feijão e várias coisas orgânicas. Sucos são só os naturais e água sempre. Mas aí se aparecem em uma foto comendo um chocolatinho eu já fico me sentindo uma péssima mãe.
Uma péssima mãe que não coloca na escola
Vejo que meus trigêmeos aparentemente são as únicas crianças do mundo que ainda não vão para a escola. Desde o ano passado me pergunto se tomei a decisão certa em mantê-los em casa com babá. Fizemos isso principalmente para evitar as viroses na escolinha, mas o preço a pagar é que ficam muito em casa com poucas atividades. Toda vez que chego em casa e os vejo assistindo TV ou fazendo atividades pouco lúdicas eu me sinto uma péssima mãe.
Resolvi, então, matriculá-los na escola no ano que vem. Eles finalmente vão estudar e sair de casa diariamente! Porém, decidimos colocá-los em turmas separadas para desenvolverem a individualidade. Mesmo sabendo racionalmente que será melhor para eles, imaginá-los separados no colégio me faz sentir uma péssima mãe.
Mesmo mantendo-os fora da escola até os três anos (aparentemente para melhorar a imunidade), eles vivem doentes! Essa semana, mais uma vez tive que tentar encaixe na pediatra para os três e só consegui em dias diferentes. Já tomaram antibiótico três vezes somente nesse ano e sinto culpa por parecer que não cuido deles direito. A cada resfriado ou febre eu me sinto uma péssima mãe.
Tento me desprender da culpa, mas acho que este é um sentimento que acompanha nós, mães, desde o nascimento do nosso filho. Nasce uma mãe, nasce a culpa. Quando será que nos daremos conta de que não existe certo ou errado, que não há manual para a criação dos nossos filhos? O segredo é sempre darmos o nosso melhor. Quando nos daremos conta disso? Quando vamos parar de nos sentir péssimas mães?
Michele, é normal nos sentirmos péssimas mães, eu tenho um e muitas vezes me sinto assim tbém. Vc não vê seus filhos felizes?? Sim. Eles são amados, agitados, barulhentos, coloridos, felizes!!!! Então no final das contas estamos no caminho certo. Quanto as guloseimas guie-os no caminho correto mas parte deste caminho será desviado ou pelos amigos ou pelo mundo, o livre arbítrio deles inevitavelmente acontecerá mas os teus exemplos e ensinamentos os farão ter a melhor escolha. Mas lembre-se sempre, a escolha será deles. Vc já deve ter lido e com certeza falado com o pediatra sobre isso mas a imunidade só aumenta se é exposta aos vetores ou estimulada através de homeopatia! Não tem outra forma de deixá-los fortes sem que eles passem por pequenas “provas” à imunidade. Recomendo homeopatia meses antes de entrarem na escola e já em casa verá a diferença. Quanto as gripes e bronquites, bronquiolites, sinusites ou rinites acabe com o leite de vaca. O Lucas as tinha mensalmente e várias vezes por ano. Homeopatia e retirada do leite simplesmente foi como mágica. Não lembro da última vez que ele teve isso. Acho que um início no ano passado e eu ataquei com kaloba (fisioterápico) e própolis com espécies peitorais e a bronquite nem chegou a se instalar. Me pergunte sobre isso. Bjos mil.
Obrigada, Tassi. Eles usaram Kaloba no ano passado e eu achei que não tinha nenhuma diferença. Como era caro, desisti depois de 6 meses. Obrigada pelas dicas!! Um beijo!
Michele, acompanho seu blog a um bom tempo, e acho linda a educação e o cuidado que tem com seus filhos, e olhe que eu nem sou mãe, mas sou uma psicologa apaixonada pelo desenvolvimento infantil. E assim tenho pra te dizer que não existe certo ou errado, melhor ou pior como você disse ali em cima. O que todos fazemos diariamente o tempo todo são escolhas, e com isso deixamos de escolher outra possibilidade, sempre seremos seres faltantes. E para cada escolha existe uma consequência, pense que a escolha foi a melhor opção para aquele momento, e que se tivesse tomado o caminho da outra escolha muito provavelmente teriam outras consequências. Seus filhos são muito gratos por tudo que faz por eles, não tenho duvidas, você está se saindo muito bem!
Obrigada pelo carinho e pelo apoio, Fernanda! Você tem toda a razão! Mas, se algum dia você optar por ser mãe, perceberá que a gente está sempre insegura sobre as decisões… Um beijo!
Olha, acompanha muito teu blog pois adoro sites de maternidade, e não pretendo ser mãe, e me sinto culpada por isso, por decidir não ter filhos, e tem horas que me imagino com filhos, as brincadeiras, me imagino grávida, lendo para eles, minha mãe não teve muito tempo para mim, e sinto uma falta de afeto até hoje por ela, quando você diz que passa um tempo com cada um deles, está fazendo o certo, éramos três meninas, de dois anos de diferença entre nós, minha mãe nos obrigava a dividir tudo, inclusiva atenção, é muito importante o filho ter afinidade com os pais, eu li uma entrevista que a atriz Claudia Abreu tem 4 filhos e tira um dia apenas para ficar com um deles, e a Fátima Bernardes disse que se sente culpada por não está mais tempo com eles, e lá estão os trigêmeos dela, crescidos e fortes. Eu acredito que essa culpa jamais vai sair das mulheres, mas se esforçando para ser uma boa mãe é o que conta.
Falando em mães eu gostaria de saber a sua opinião, não sei se você conhece, sobre a Octomãe Nadia Sulleman, e sobre o programa Troca de Família, da Record que fala sobre maternidade, indiretamente, você teria coragem de participar do reality?
Oi, Thays. Realmente a culpa acompanha as mães desde que o bebê nasce e nunca vai embora. É tanta criança aqui em casa que fica difícil a gente dar toda a atenção que cada um merece, mas estou aprendendo que isso faz parte da construção da nossa família e não podemos mudar isso. Eles têm estado bem unidos entre si também, então, acho que estamos fazendo um bom trabalho. Conheço a octomom, mas sei pouco sobre ela. Acho que a maioria é boato. Não sei se eu participaria de um reality show. Mas, quem sabe? Só sendo convidada para decidir. Beijo.