Para os pais de verdade

pais de verdade

Com o assunto “pai” em alta pela chegada do Dia dos Pais, me surge a pergunta, uma espécie de auto conscientização: afinal, o que é ser pai? Diferentemente de ser um progenitor, o que é cumprir, de fato, essa função de pai? Pai de verdade. Para mim, não há uma única resposta:

Ser pai é não esperar recompensas pelo esforço. É exercitar o altruísmo, aprender a tolerância, reforçar a paciência. Ser pai é viver com o coração fora do peito. É criar coragem perante a vida, não em seu nome, mas em nome de outros. É aprender a considerar a razão e escolha do outro, mesmo discordando. Ser pai é lidar com o conflito entre querer proteger de todas as coisas e saber que não é saudável tanta proteção, que não há aprendizado maior que a experiência.

Ser pai é mostrar-se corajoso, no controle da situação, mesmo quando o medo tenta lhe dominar ou, no íntimo, já lhe dominou. É saber orientar para que não pisem na lama na qual já pisamos. É apoiar, impulsionar, ensinar, tranquilizar, ser exemplo. Ser pai é ser palhaço e general. Brincalhão e ordeiro. Ser pai é ser presente. Ser onipresente sem ser notado e sem querer méritos.

Ser pai é saber lidar com a condição não humana de que o objetivo, no fim das contas, é não ser mais necessário. Não ser mais tão importante. É projetar um futuro que não viveremos. É viver uma outra vida, ou duas, ou três….ou quatro, ou mais. Ser pai presente é uma aventura vitalícia. É vivenciar verdadeiramente o amor.

Feliz Dia dos Pais, sejam eles biológicos, adotivos ou circunstanciais, aos que são, ou tentam ser, pais de verdade.

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