Hoje, 13 de fevereiro de 2017, foi o primeiro dia de aula dos trigêmeos!

Como sempre, os meninos acordaram cerca de 7h30, fizeram xixi, tomaram suas mamadeiras de leite (Murilo de iogurte) e ficaram brincando. Mamãe e papai saíram para trabalhar assim que a babá chegou. Às 11h30 nós voltamos para casa para almoçar, arrumar as mochilas e as crianças para o colégio. A ansiedade de todos estava a mil.

Como já contei aqui no blog, optamos por colocar os trigêmeos em turmas separadas na escola. Na hora de arrumá-los, resolvi colocar peças de uniforme o mais distintas possíveis para facilitar ao máximo a identificação dos meninos. Então, no Marcelo coloquei bermuda azul marinho e camiseta branca, no Murilo calça e camiseta azul marinho e no Matheus uma calça azul marinho e camiseta branca com azul. Mesmo assim, colei na roupa deles uma fita com os nomes e turmas de cada um.

Mônica, aluna da escola já há dois anos, começaria a aula em horário regular. Os meninos estão em fase de adaptação e foi passado para nós que o horário da aula nessa primeira semana seria das 14h às 16h30. A aula da Mônica começaria uma hora mais cedo e terminaria uma hora mais tarde. Sendo assim, meu marido levou a pequena para a escola, voltou para casa e só então saímos com os trigêmeos.

No local onde devemos largar as crianças na escola, diversos monitores estavam esperando. Marcelo, Murilo e Matheus entraram com suas mochilas, nos deram tchau e seguiram de mãos dadas com os monitores. Olharam para trás e abanamos de longe. Fiquei ali esperando até onde eu pude vê-los. De repente, meus olhos já não os alcançavam mais. Meus meninos foram para a escola. Meus passarinhos bateram as asas e deixaram a mamãe ali. Me bateu o sentimento mais estranho do mundo.

Com os olhos cheios de lágrimas, segui meu rumo. Peguei o carro, deixei meu marido em seu consultório e fui para o meu trabalho. Às 14h30, minha aluna chegou. Conversei com ela, dei minha aula, mas o tempo todo me senti cansada. Emocionalmente cansada. Minha vontade era me deitar no sofá e ficar olhando para a parede. Eu estava em choque. Tinha muita coisa para contemplar. Era a primeira vez que eu ia a algum lugar com meus filhos e os deixava lá. Foi a primeira vez que fui para um lugar com o carro cheio, e voltei com o carro vazio.

A volta da escola

Às 16h25 eu cheguei na escola para buscar meus passarinhos. Para minha surpresa, os portões haviam sido abertos às 16h15 e não às 16h30 como estava nos recados que as professoras deram na reunião de sábado passado. Sem saber, eu estava 10 minutos atrasada! Caminhei depressa até a sala do Marcelo e encontrei meu filho chorando no colo de uma das monitoras. Perguntei para a professora o que tinha acontecido e ela me disse que ele só havia chorado naquele momento, que no restante do tempo tinha ficado bem. Ela disse que, vendo outros pais e mães chegarem para buscar seus filhos, Marcelo me procurou e não encontrou. Pensou que a mamãe não tinha ido buscá-lo. Não pude esconder minha frustração com o mal entendido do horário. Acontece que a escola abriu mesmo os portões mais cedo do que o combinado. Humpf.

Enfim, com Marcelo de mãos dadas comigo, busquei o Murilo, que estava mais contente impossível. Estava de pé, trocando uma ideia com um coleguinha. A professora contou que foi tudo bem. Ele interagiu e tudo certo. Era vez de buscar o Matheus.

Na sala do fundo, encontrei Matheus com um beiço imenso. A professora dele me disse o mesmo que a professora do Marcelo havia me dito: chorou quando não me viu entre os pais. Que raiva, eu era a mãe atrasada no primeiro dia de aula. Mas ele não fez todo aquele choro do Marcelo. A profe do Matheus explicou que a mamãe já estava vindo e ele ficou sentadinho me esperando. Quando cheguei, entrei com Murilo ao meu lado e o Matheus comemorou: “Olha, o Murilo voltou!”, me disse.

Fiquei curiosa em saber como foi na hora que levaram cada um para sua sala. Será que ficaram tristes por serem separados pelas monitoras e levados a salas diferentes? Não pude perguntar porque não reconheci as monitoras da entrada na hora da saída. Amanhã quando eu for entregá-los de novo, vou tentar questioná-las sobre como foi.

Bem, era recém 16h40 e a aula da Mônica terminaria somente às 17h20. Os meninos ficaram brincando nos escorregadores por uns 20 minutos e depois os levei comer um lanchinho no bar da escola. Eles estavam com sono e fazendo bastante birra. Também pudera! Foi a primeira tarde (de muitas que virão) que não fizeram a soneca das 12h às 14h. Eles precisam acostumar a não dormir mais durante o dia.

Buscamos a mana às 17h20 e eles quiseram brincar mais. Era 17h40 quando consegui convencer todos a irmos embora. Mas aí caiu uma bomba d’água! Choveu muito. Tivemos que esperar. Resumindo, consegui sair da escola somente às 18h10. Gente, eu estava moída. Muito mais cansada do que eles! Foi um tal de carrega mochila para cá, caiu, chorou, dá beijinho… ‘Quero pão de queijo’, ‘quero bolo’, ‘não quero comer’. Grita, chora, esperneia. Vê o escorregador e dá risada. Uma loucura. ‘Quero só mais uma vez e chega’. Aí cada um vai a última vez e quer mais uma e vai de novo… Que canseira!

No carro, uma luta para ninguém dormir. Chega em casa com quatro caindo de sono. Leva para o banho e os quatro despertam. Não sei como arrumam energia! Jantam, brincam, mamãe manda para a cama. Só às 21h30 estão todos dormindo. E amanhã tem mais!

Uma coisa que achei frustrante foi que nenhum deles quis contar NADA sobre a escola. Perguntei de todas as formas. Pedi para contarem o nome de um coleguinha, que atividade tinham feito, se o lanche estava gostoso, se comeram tudo, se fizeram xixi… Não me contaram uma vírgula. Que coisa, né? O Murilo estava com a mãozinha suja de tinta azul e não quis me contar nada sobre o que tinham feito com tinta. Mas que sapequinhas.

Falando em lanche, esse foi o lanchinho que mandei para eles hoje.

Veja como foi o primeiro dia de aula dos trigêmeos:

Continue acompanhando os relatos sobre o início das aulas! Até mais!