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Ser mãe é padecer no paraíso

Posso dizer que, aos 1 ano e 7 meses do meu trio, entendo melhor aquele dito popular de que “ser mãe é padecer no paraíso”. Meus meninos são uns amores. São comportados, amorosos, risonhos. Me trazem muita alegria. Minha filha mais velha é a criança mais extraordinária que conheço. Dado o devido desconto por eu ser mãe dela, é claro!

Mas nos últimos meses, desde a sábia escolha de a ter colocado na escola, tenho padecido ao viver gripes, resfriados e diversas das “ites” possíveis com meus filhos. Essa última semana foi a verdadeira prova de que, pra ser feliz, mãe tem que sofrer.

Dois de meus meninos tiveram febre de 39,6 graus Celsius. Só isso já é de matar. Mas o raio X mostrando que estavam a um passo da pneumonia acabou de terminar comigo. Dez dias de antibiótico (Clavulin) que os meninos só querem cuspir. Também estamos usando bombinha de Aerolin. Enquanto isso, Marcelo melhorou rapidamente e é outra criança. Está bem melhor da otite, está participativo e amigável. Risonho e feliz. Não é mais aquela criança quieta que estava se apresentando no início da primeira otite. Ele terá reconsulta com a pediatra no início de junho para vermos se será necessário colocar um dreno no ouvido por causa da otite de repetição. Vamos torcer para que não precise.

Agora estão melhores. Hoje foi o primeiro dia que senti que estão melhores. Já é o oitavo dia de antibiótico, um ciclo que durará 10. A tosse deles ainda é feia, mas nada se compara ao que já passamos. Restaram, agora, as manhas e dengos. Corrigir o que foi estragado vai ser a pior parte.

ser mãe

Tínhamos uma rotina muito bem estabelecida e que funcionava muito bem. Se a rotina já é a melhor amiga de uma mãe, então imagine para uma mãe com trigêmeos! O problema é que, doentinhos, não foi possível seguir a rotina e ela se desfez quase totalmente. Murilo não quer mais tomar mamadeira antes de dormir (emagreceu bastante) e só aceita de madrugada. Claro que estamos dando porque a preocupação com o emagrecimento é grande. Então, quando melhorar, teremos que corrigir esse comportamento para que durma a noite toda sem comer. Matheus e Murilo só querem ficar no colo. Aprenderam a dizer essa palavra para poder pedir. Choram, se atiram pra trás, fazem várias malcriações. Coisas que não estávamos corrigindo devido à saúde comprometida e que agora precisam ser melhoradas.

As manhas e dengos estão à mil, consumindo o comportamento deles. A alimentação está terrível, não aceitam as comidinhas de antes por estarem doentes e ficaram muito seletivos. Só o Marcelo que está uma draga! Come de tudo, inclusive o que os irmãos rejeitam. E o sono? Um capítulo à parte. Mas estão melhorando.

Amo a maternidade, mas, realmente, ser mãe é sofrer de preocupação para sempre. Ser mãe é padecer no paraíso.

Leia também sobre o primeiro dia de aula dos trigêmeos!

A seringa que me deu um susto

Precisava pagar uma conta e estava tentando usar o app online do meu banco. Meu marido iniciou o banho com Murilo e Marcelo, enquanto Matheus ficou brincando deitadinho em cima do sofá. Estávamos eu e ele, na sala, eu com um olho nele e outro no computador. Segundos se passaram e eu vi que Matheus tinha a seringa que uso para higienizar o nariz das crianças na boca. Constatei que ele a havia desmontado e ela estava desmanchada dentro da boca dele, em pedaços. A peça plástica interna da seringa não estava junto ao êmbolo. Os segundos entre eu desconfiar que ele havia engolido a peça plástica e a constatação de que eu estava enganada foram intermináveis.

Já havia vislumbrado na minha mente meus próximos passos. Chamaria meu sogro, que é meu vizinho, para ficar com os demais e poder levar meu filho ao plantão do hospital junto com meu marido. Teria de convencê-los a fazer um raio X para ver se a peça estava no sistema digestivo. Para isso, mentiria que havia visto ele engoli-la. Meu pensamento foi somente até aí, porque, creio eu, a gente não consegue nem imaginar o que fazer e o que vai acontecer quando acontece algo que a gente não aceita. Quando localizei a peça, minhas pernas tremeram e se dobraram. Caí no chão. Caí no choro. Chorei de alívio. Não tive forças para continuar o que estava fazendo. Ah, o que era mesmo?

Um segundo de desatenção do cuidador pode levar a uma tragédia. Mas elas acontecem mesmo sob a supervisão da própria mãe. E mesmo se a criança está sendo observada atentamente. Por esse motivo, me levantei do chão, me perdoei, e paguei a tal conta. Levei o Matheus pro banho, peguei um dos outros, que já estava prontinho, e levei para secar e colocar o pijama. Meu pensamento no que poderia ter acontecido me atormentou por alguns dias. A conclusão a que cheguei e o aprendizado que tiro disso é que não posso deixar ao alcance deles nem uma seringa inofensiva, muito menos uma caixa de agulhas e linha, que acidentalmente foi esquecida sobre a mesa da sala ontem à tarde (e por sorte ninguém pegou).

Criar os filhos não é fácil. Existem perigos por todos os lados e estamos sempre preocupados. Bom senso é encontrar um equilíbrio entre o cuidado e a paranóia. O que me conforta é que mãe erra, sim, mas erra tentando acertar. A gente tem que cuidar sem neuras e, ludicamente, contar um pouquinho com o ajuda do anjinho da guarda.

Até mais!

Mais um ciclo de antibiótico

Na quinta-feira, cerca de 18h, Marcelo iniciou quadro febril. Eram 37,8 graus, mediquei e acompanhei. Na sexta-feira a vovó Veralice veio de Taquara-RS (cerca de 120km daqui) nos ajudar com as noites mal dormidas.

Na sexta-feira o Marcelo teve febre duas vezes. Sábado idem. Mas nunca passou de 38,2 graus. Tossindo e meio prostrado, preocupou demais a mamãe aqui, que conseguiu segurar tudo medicando contra febre, tosse e secreção grossa e amarelada de nariz.

Como a febre é um sinal do organismo dizendo que algo está errado (mostra o sistema imunológico trabalhando contra um problema), já estava em contato com a pediatra, me enviando orientações por celular e me tranquilizando. Porém, no domingo à tarde, Murilo iniciou com um quadro febril já bem alto, direto 38,5 graus Celsius. À noite, Matheus apresentou 37,8 graus. Já estava com esperança de que eles não iriam apresentar o quadro do Marcelo, mas com gêmeos, trigêmeos ou mais a gente sabe que se um tem um sintoma, prepare-se para cuidar de todos com o mesmo problema…

Murilo chegou aos 39,2 graus na madrugada e eu, por sorte, tinha minha mãe aqui comigo pra me ajudar! Logo cedo na segunda de manhã, a pediatra deles encontrou um horário na agenda e nos encaixou. Escutou os pulmões dos trigêmeos e pediu raio X do tórax. Disse que havia um chiado.

Conseguimos horário ainda de manhã, radiografamos e o que apareceu no laudo foi broncopneumonia no Murilo e no Matheus! Levei os resultados para a pediatra e imediatamente iniciamos novo ciclo de antibiótico, apenas 15 dias após termos terminado o último tratamento. E apenas uma semana depois de eu contar aqui que estava conseguindo manter meus filhos longe das “ites”.

Marcelo está com secreção nos pulmões, mas não está tão feio como os demais. O problema dele é a otite reincidente. Vamos monitorar para ver se precisaremos de acompanhamento com otorrinolaringologista. Está tomando antibiótico para a otite. Não tem febre desde sábado.

Murilo e Matheus estão inalando Aerolin de 4 em 4 horas para melhorar os brônquios e estão tomando antibiótico para o problema dos pulmões. Murilo ainda tem um quadro de amigdalite. Os dois ainda estão com febre muito alta. O Matheus chegou a 39,4 graus esta tarde.

Estou medicando meus filhos e cuidando deles. Eles estão pedindo muito o meu colinho e me dói muito não poder dar à todos ao mesmo tempo. Ao menos a Mônica está bem, nenhum sinal de gripe ou resfriado!

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Vovó chegou para nos ajudar!

Espero voltar aqui para contar boas notícias. Até mais!

A técnica para livrar os filhos das “ites”

Bronquite, bronquiolite, otite, laringite, amigdalite, sinusite. O inverno dá os primeiros sinais e já estamos morrendo de medo das “ites”. Fora a falta do sol… Os filhos iniciam a escolinha pela primeira vez e vivem doentinhos, com “ites”. Há quase três meses, Mônica iniciou a escola e eu nem sei mais como é um nariz que não escorre. Aqui, uma dica para livrar os filhos das “ites”.

Por acaso, alguns dias atrás alguém me indicou esse post do blog Senta que lá vem história, onde a autora ensina como livrar os filhos das “ites”. Sem muito crer, resolvi tentar a técnica que ela ensina no post, até porque a pediatra já havia me dito que algumas mães limpam as narinas dos filhos com soro fisiológico e, afinal, soro não tem contra-indicação alguma. Consiste em aplicar 1ml de soro morno nas narinas, 0,5ml em cada uma, para limpar bem o nariz.

Como livrar os filhos das “ites”

As infecções (“ites”) surgem por causa do catarro que não é eliminado totalmente do organismo. Assim, acaba indo para outras vias, como o ouvido, e vira uma infecção, como otite. Para acabar com isso, esse catarro precisa sumir, de vez. Meus filhos vêm tendo um resfriado atrás do outro e, recentemente, os quatro tiveram que tomar antibiótico por causa de uma otite interna, causada por catarro mal eliminado.

Leia mais sobre otite de repetição no blog Aprendizados de Mãe.

livrar os filhos das "ites"

Kit contra “ites”

Como prevenção, devemos limpar as narinas dos filhos de manhã e antes de dormir, à noite. Pego uma seringa de 3ml (sem a agulha!), encho de soro fisiológico, coloco no micro-ondas por 4 segundos e aplico 1,5ml em cada narina. O jatinho que entra na narina não afoga a criança, acredite! Uso mais do que o post do outro blog sugere porque a seringa que eu tinha era maior, acabei fazendo assim e deu certo. Em bebês menores pode-se fazer também, mas acredito que seja melhor aplicar menor quantidade! Perguntem à pediatra.

Depois de aplicar o soro, sugo a secreção e a água com esse sugador da foto. Aperto para sair o ar e insiro na narina, soltando. A sucção traz toda a secreção. Tenho feito isso há cerca de 10 dias e o catarro amarelado sumiu! Agora vem apenas aquela secreçãozinha transparente. Quando a criança está com o nariz muito trancado, entupido, deve-se fazer com mais frequência, para limpar bem e não deixar o catarro trazer as “ites”.

Sobre o soro fisiológico: na própria embalagem diz que devemos, depois de aberto, mantê-lo em geladeira por no máximo 15 dias. Não podemos deixar aberto e esquecido junto à nossa farmacinha caseira. Ele precisa, sim, ser refrigerado para não perder as propriedades.

Até mais!

Caxias do Sul: a cidade que amo e odeio

Depois de sete anos de namoro à distância, meu marido e eu nos casamos. Eu morava em Taquara-RS, na região do Vale do Paranhana. Ele morava em Caxias do Sul-RS, na região da Serra Gaúcha. São cerca de 120 quilômetros de distância. Que o Rio Grande do Sul é frio no inverno todo mundo sabe. Mas só quem odeia inverno como eu sabe o que passo desde que decidimos morar na cidade dele, e não na minha.

Taquara é uma cidade menor, tem cerca de 60 mil habitantes, e Caxias do Sul tem cerca de 470 mil. É a segunda maior cidade do Estado, atrás apenas da capital, Porto Alegre. Aqui haveria mais oportunidade de emprego pra mim, que sou jornalista, então achamos que era uma ideia melhor eu vir pra cá do que ele ir pra lá. Somou-se ao fato a oportunidade de adquirir o apartamento em que moramos.

Então, em janeiro de 2006, com casamento marcado para 13 de maio do mesmo ano, mudei-me para a casa da sogra. Para ajeitar as coisas, procurar emprego e ir organizando a cerimônia, que também aconteceria aqui. A família dele é imensamente maior que a minha e quase todos moram aqui, enquanto que a minha família é menor e mora em muitas cidades diferentes, incluindo Passo Fundo-RS e Porto Alegre-RS.

Caxias do Sul

Foto: Jornal Pioneiro (inverno em Caxias do Sul-RS)

Calor x frio

Após o casamento, nos mudamos para esse apartamento e vivi meu primeiro inverno na Serra. Achei que seria pior, então nem reclamei. Como o apartamento tem piso laminado e a casa dos meus pais em Taquara tinha carpete, praticamente me curei da rinite vindo morar aqui. Temos sol em quase todas as peças, e no verão temos em todas. Porém, a umidade da cidade irrita profundamente aos amantes do verão, como eu. Aprendi uns macetes para me livrar do frio e me aquecer. Acostumei. Acostumei com o efeito “cebola” de morar aqui: tem que sair de casa de manhã com muitas camadas de roupa e ir “descascando” durante o dia e ir “cascando” de novo ao fim da tarde. Tudo isso porque aqui a temperatura oscila de 5 graus de manhã para 20 a tarde. Cai para 8 ou 9 no fim da tarde. Tirando o meu leve exagero, a cidade é famosa por conter as quatro estações do ano num mesmo dia.

Moradora de Taquara, sofria com o calor extremo de novembro a abril. Só que eu amo o verão. Não gosto muito de praia (as gaúchas são feias e lotadas, desculpa aí, conterrâneos, mas sejamos realistas). Em Caxias, o verão é uma maravilha! É quente, mas à noite a gente sempre usa uma cobertinha fina pra dormir. Maravilha.

Gosto muito de morar aqui. Tem tudo. Tem opções pra tudo. Quem morou a vida toda aqui pode achar que falte alguma opção para isso ou aquilo. Mas têm shopping centers, têm cinemas, têm praças, têm supermercados grandes. Há lojas de todos os itens, médicos de todas as especialidades, vários hospitais, várias escolas de vários segmentos e crenças. Acabei desenvolvendo mais minha carreira como professora de inglês por aqui. Conheci colegas de profissão das duas áreas, fiz amigos queridos, vizinhos adoráveis. Problemas também existem. O trânsito é um caos, o clima é uma porcaria. Mas lado negativo todas as cidades têm.

Detesto inverno. Mesmo. Esse é o lado negativo de Caxias: frio intenso e umidade. Frio sem vento e com sol chega a ser gostoso. Mas neblina e umidade me tiram do sério. As crianças ficam enclausuradas, gripadas, resfriadas, e a gente passa a noite inteira indo ver se estão com frio. Tenho três aquecedores, mas não gosto de ligar o tempo todo porque tenho medo do choque térmico ao sair de casa. Sem falar nos custos com energia elétrica. Sorte que o quarto dos meninos é quentinho, ele tem janela para a sacada e a sacada é fechada com vidros.

Depois que tive os filhos, conheci todas as “ites” que o inverno traz. Bronquite, bronquiolite, rinite, sinusite, otite, amigdalite. Acho que a solução é eu me mudar para o nordeste! Ah, mas lá tem muito mosquito. Acho que vou ficar por aqui mesmo.

Até mais!!