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1 ano e 5 meses dos trigêmeos

Hoje os meninos completam 1 ano e 5 meses e a Mônica, que também é do dia 4 (mas de agosto) completa 3 anos e 7 meses.

Os meninos pegaram um resfriado semana passada. A Mônica iniciou a escola no dia 18 de fevereiro e, acredito, tenha pego um leve resfriado na escola. Como é a primeira vez que ela frequenta aulas, acho normal ficar doentinha. Mas não precisou perder aula, apenas teve um pouco de tosse e febrícola. Os meninos, por consequência, pegaram o resfriado dela, mas ao menos ninguém teve mais do 37,4ºC de febre e nariz entupido. Apenas uma noite foi ruim, com os meninos acordando chorando de 30 em 30 minutos, mais ou menos. Os pobrezinhos não conseguiam respirar por causa do nariz trancado e são acostumados com o bico. Então imaginem para dormir respirando pela boca e chupando o bico. Choraram muito aquela noite. Mas, agora já estão melhores!

O Marcelo deu seus primeiros passinhos há uma semana e continua tentando caminhar pequenas distâncias, porém, ainda sem muita segurança. Pensei que os irmãos iriam imitar imediatamente, mas o Matheus nem deu sinal de querer caminhar e o Murilo fica em pé mas não tomou coragem.

A Mônica está ótima na escola. Adora, e mesmo nos dias que estava resfriadinha, não quis faltar aula. Ela tem muitas atividades legais no colégio e estou contente por ela não ficar em casa sem fazer nada a tarde toda (ou pior, só vendo TV).

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Murilo

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Matheus

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Marcelo

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Marcelo, Murilo no fundo e Matheus sorrindo.

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Mônica curtindo um desenho no computador.

Fotos da mana Milena Faé Velho. Obrigada, maninha!

Até mais!

O “causo” da picada de abelha

Nossos filhos são o reflexo do nosso comportamento, nossa reação, nosso amor… Hoje tive mais certeza disso, quando um pequeno incidente quase virou o apartamento de cabeça pra baixo: uma suposta picada de abelha!

Dia 2 de março de 2015, 20 horas. Papai estava no banheiro dando banho nos meninos. Eu fui até a cozinha preparar as mamadeiras e a Mônica chegou lá, me pedindo um suco. De repente, de pés descalços, ela começa a chorar, assustada. Faz menção de ter pisado em algo. Eu vejo uma abelha no chão, agonizando. Fez-se o circo e o terror.

Exageradamente, pergunto à ela se pisou na abelha. Ela se apavora com a situação e grita. Eu a sento numa cadeira alta, da bancada da cozinha e tento ver o pé. Ela, apavorada, não me deixa. Eu peço, gritando, pra ela me mostrar o pé. Ela, berrando, me diz que não. Repito, muito nervosa: “Mônica, pelamordedeus, me deixa ver o teu pé!” E ela só reage com gritos e choro de pavor.

Meu marido vem do banheiro, pega ela no colo, leva para o quarto para examinar o estrago. Ele me manda ir tomar conta dos guris, no banheiro. Eu, tremendo, não consigo nem me lembrar de que guris ele está falando ou quem está tomando banho. Só ouço gritos (dela) vindos do quarto, tamanho o pavor com a situação (que tenho certeza que ela nem entendeu). Meu marido examina a abelha e constata que o ferrão não saiu, a abelha já estava mortinha. Mônica, então, não foi picada, apenas pisou num “espinho”.

Por sorte minha irmã estava aqui e fez as mamadeiras. Tirou os guris da banheira, sequei um por um com a ajuda dela. Eu, com os nervos atacados, tive uma crise de dor de cabeça, dor de barriga e ânsia de vômito. Uma verdadeira tempestade em copo d’água. Não era nada. Fiz um verdadeiro fiasco por causa de uma porcariazinha de abelha…

Leia também: O dia em que mamãe chorou

O meu medo da picada de abelha

Sabe por que reagi exageradamente? Morro de medo de abelha! Naquele momento, me passou pela cabeça que a guria podia ser alérgica à tal abelha. Vai que ela tem uma crise e fica sem ar, que o veneno da picada tranca as vias respiratórias? Vai que incha o pé e apodrece? Vai que arde e fica sem circulação? Todas as coisas ruins do mundo passaram pela minha cabeça de mãe louca! Minha reação exagerada fez com que minha filha pensasse que a situação era “grave”. Deve ter pensado: “Nossa, se minha mãe (minha base para todos os assuntos) está apavorada, devo estar correndo grande perigo!”, e sua reação se espelhou à minha. Se eu tivesse dito que não era nada, ela teria se acalmado. Então, será que eu agi mal?

picada de abelhaNão pude parar para pensar em como agir naquele momento. Minha reação foi espontânea. Tanto que passei mal do estômago e tive dor de cabeça depois. A gente vê muita criança que é gritona e mal-educada e percebe que os pais a tratam assim em casa. Conheço uma família desde minha infância que criou os filhos na base do grito e, hoje, vejo esses filhos criando os seus da mesma maneira. Vou passar a tentar me controlar em momentos de susto, mas também não quero me julgar. Nunca grito em casa e nosso relacionamento com os filhos é sempre cheio de amor, carinho e compreensão. Nunca brigo com a Mônica e nem deixo de explicar para ela porque pode ou não pode fazer alguma coisa. Me abaixo e olho no olho dela quando explico alguma coisa. O resultado geralmente é positivo.

Nesse caso de hoje, posso dizer que quem aprendeu a lição fui eu: nossos filhos são um reflexo do nosso comportamento. Minha filha não precisa ter medo de abelha porque eu tenho medo de abelha. No fim, foi a Mônica quem me acalmou, me mostrou o pé assim como na foto acima e me disse: “Viu, mamãe? Nem foi nada”.

10 coisas que eu não sabia sobre a cesárea

não sabia sobre a cesáreaEu tive quatro filhos (uma filha sozinha e depois trigêmeos), mas somente dois partos. Meus dois partos foram cesáreos por necessidade. O primeiro porque descobrimos que minha filha estava em sofrimento fetal (mas já estava de 38 semanas). O segundo porque minha gestação de trigêmeos estava em 34 semanas e comecei a ter indícios de que entraria em trabalho de parto em breve. Neste post, listo 10 coisas que eu não sabia sobre a cesárea antes de passar por elas. Não tenho intenção de defender ou criticar o procedimento cirúrgico, apenas relatar o que aconteceu comigo nas minhas.

O que eu não sabia sobre a cesárea

1) Depois da primeira cesárea, você não sente o abdômen abaixo do umbigo até cerca de um ano após o procedimento ter sido realizado (por causa dos nervos afetados). Por que ninguém havia me contado isso? Não que tenha feito alguma diferença saber ou não, mas eu pensava que tinha algo errado comigo até falar com minha médica. Isso não ocorreu comigo na segunda gestação. Minha médica explicou que é porque ela cortou no mesmo lugar e meu organismo já havia refeito as ligações dos músculos e nervos e tudo mais.

2) Os médicos cortam sete camadas entre pele, músculos e útero.

3) Eu não sabia que o bebê nascia tão rápido! Minha primeira cesárea durou cerca de 50 minutos e a segunda (dos trigêmeos), cerca de 1h15. Na primeira, a Mônica nasceu nos primeiros 5 minutos e o resto do tempo os médicos passaram fazendo as suturas. Os trigêmeos nasceram nos primeiros 10 (talvez 15) minutos e o resto foi, também, tempo de sutura.

4) Durante o procedimento, pode-se sentir enjoo (deitada, a barriga pode comprimir a veia cava). Eu tive muita náusea nas duas cesáreas e no mesmo momento, mas o anestesista tinha como procedimento padrão apenas medicar com Plasil na veia se a paciente solicitasse. Solicitei.

5) Depois da cirurgia feita, o maior susto foi ver as enfermeiras mexerem minhas pernas sem que eu as sentisse. Deu medo de nunca voltar ao normal. Tive esse medo nas duas cesáreas!

6) Na sala de recuperação, eu não parava de tremer. Sentia frio, tinha tremedeira e coceira. Tudo isso aconteceu por causa da anestesia e dos medicamentos usados durante o parto.

7) Ainda sobre a sala de recuperação: as horas lá são intermináveis. Quando a Mônica nasceu, me trouxeram o “pacotinho” logo que eu cheguei na sala de recuperação. Mas, como os trigêmeos foram direto para a UTI neonatal, fiquei horas a fio na sala de recuperação invejando as outras mães que tinham seus bebês no colo e já estavam amamentando pela primeira vez.

8) Algumas pessoas dizem que o parto normal faz a pessoa ter leite e a cesárea não. Durante a cesárea, os médicos dão uma injeção de ocitocina para acelerar e facilitar a vinda do leite. Tive leite e amamentei meus quatro filhos. A Mônica foi até os 10 meses e os trigêmeos até os 6 meses.

9) Pensei que a recuperação seria longa e horrível. Não foi. Me senti muito bem e tranquila logo depois das duas cesáreas com a medicação que me foi prescrita.

10) Me senti mais inchada depois do parto do que antes. Também descobri que é normal incharmos logo após o parto e só depois desinchar. Coisas da anestesia e medicamentos, novamente.

A Bárbara, do blog Baby Dicas, conta 10 situações no pós-parto que ninguém fala. Dá uma conferida também!

E você? Tem alguma coisa que não sabia sobre a cesárea? Escreva nos comentários! Até mais!

Síndrome da Transfusão Feto-Fetal

Na 13ª semana de gestação, quando fomos fazer a primeira ecografia 4D para ver como estavam os trigêmeos, levamos um susto com a suspeita da Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF). O valor visto pelo médico na Translucência Nucal (TN) fez com que ele pensasse que nossos gêmeos idênticos, Murilo e Matheus, pudessem estar iniciando esse processo de transfusão. Marcelo, em saco gestacional separado, não teria nenhuma relação a esse processo.

Ficamos muito assustados mas fizemos tudo que podíamos na época, que era monitorar com frequência quinzenal através de ecografias com Doppler (exame que produz imagens e sons para avaliar o fluxo sanguíneo de artérias e veias). Se fosse necessário, faríamos uma cirurgia intrauterina com laser para separar as artérias e veias que faziam a ligação entre os bebês. Teríamos que ir a São Paulo para realizar o procedimento de cauterização dentro do útero com um médico especialista.

Nossa ecografia, tão esperada, tinha também o objetivo de desvendar o sexo dos bebês (havíamos feito diversas apostas!). Mas, ao invés de ser algo divertido, a suspeita da Síndrome da Transfusão Feto-Fetal nos deixou completamente sem graça. O médico até nos orientou a não contar para ninguém que eu esperava trigêmeos.

Por sorte, a suspeita não se confirmou. Examinamos de 15 em 15 dias até as 31 semanas. Mas desde a 20ª o médico nos disse que, como ainda não tinha acontecido, provavelmente havia sido alarme falso. Na ultrassonografia, ele monitorava as veias e artérias, a bexiga e a quantidade de líquido amniótico existente.

O que é a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal?

O site Vizinhos de Útero traz a seguinte informação sobre STFF:

Síndrome da Transfusão Feto-Fetal

Síndrome da Transfusão Feto-Fetal

Síndrome da Transfusão Feto-Fetal é uma complicação que pode ocorrer nas gestações de gêmeos quando os dois fetos estão dividindo a mesma placenta, porém estão em bolsas diferentes. Essa síndrome é resultado do desequilíbrio no fluxo de sangue entre os bebês através de comunicações entre vasos (artérias e veias) na placenta. Tal desequilíbrio faz com que um dos bebês receba mais sangue do que o outro. Portanto um feto é classificado como doador e o outro de receptor de sangue. Com isso, no ultrassom observa-se bebês de tamanhos desproporcionais, onde o doador é normalmente um bebê pequeno e o receptor um bebê grande. Se não houver nenhum tipo de tratamento, a mortalidade perinatal pode chegar a 100% para os bebês. Como tratamento, podemos citar a amniocentese seriada (retirada de líquido da bolsa amniótica através de uma agulha) e o tratamento com laser (cauterização) dos vasos (artérias e veias) comunicantes.

Artigo de Luiz Fernando M. Hilbert / FetalMed, via Vizinhos de Útero.

O que foi recomendado em nosso caso

Esse último, a cauterização, era o que nosso médico estava nos preparando psicologicamente para realizar. Teríamos que ir a São Paulo, em uma clínica especializada, para realizar o procedimento ainda durante a gestação. Provavelmente antes de chegar nas 20 semanas, para que os bebês tivessem chance de reverter o processo.

Não preciso dizer o quanto o fato me assustou e o medo que tive. Mas, decidi não sofrer por antecedência e só me preocupar se fosse confirmado. Isso me manteve sã e calma durante minha gestação. Depois que tudo passou, o médico me disse que esse seria o tratamento, mas que, mesmo realizando o procedimento, teríamos apenas cerca de 40% de chances de que desse certo. Foi um alívio eles terem se desenvolvido tão bem e terem nascido saudáveis e de 34 semanas (com cerca de dois quilos cada).

Desenvolvimento do bebê semana a semana

Em uma gestação com um feto apenas ou com gêmeos e outros múltiplos, o tamanho e o desenvolvimento do bebê semana a semana são iguais. A base dos médicos é a mesma. Pode haver variações de acordo com diversos fatores, e esses são explicados pelo médico que está acompanhando a gestante. Aqui utilizo informações pelas quais me baseei durante minhas duas gestações. E posso dizer que elas foram muito próximas da minha realidade. (Tabela de equivalência ao fim do post)

3ª semana: Considerando que o primeiro dia do ciclo menstrual também é contado como o início da 1ª semana de gestação, a concepção do bebê acaba acontecendo na 3ª semana. Pode acontecer somente na 4ª, uma vez que muitas mulheres têm evolução tardia (como tive da Mônica, no 23º dia). Enfim, na 3ª semana de gestação ou entre o 12º e o 18º dia do ciclo menstrual uma mulher saudável ovula e concebe um bebê. A esta altura, o futuro bebê é uma bola de células e está em seu caminho através das trompas de falópio em direção ao útero para implantação.

4ª semana: A partir da 4ª semana ele é considerado um embrião e está se implantando no útero, onde a placenta está se desenvolvendo. Talvez a partir de agora a mulher já consiga um teste de gravidez de farmácia positivo, mas o mais preciso para ter certeza da gestação é um exame de sangue onde o hormônio hCG possa ser detectado.

5ª semana e 6ª semana: Você recém descobriu que está grávida e a partir de cerca da 6ª semana você já pode ouvir o coração do seu bebê pela primeira vez. O batimento é alto, cerca de 150 batidas por minuto. Foi na 5ª semana que descobrimos que eu estava grávida de gêmeos. E na 6ª semana ouvimos três batimentos cardíacos, descobrindo que eram três embriões.

7ª semana: o(s) embrião(ões) tem(têm) cerca de 1,3cm e pesa(m) cerca de 1g.

8ª semana: tem cerca de 1,6cm e pesa cerca de 1,1g.

9ª semana: tem cerca de 2,3cm e pesa cerca de 2g.

10ª semana: tem cerca de 3cm e pesa cerca de 4g.

11ª semana: tem cerca de 4,1cm e pesa cerca de 7g.

12ª semana: tem cerca de 5,3cm e pesa cerca de 13,9g. Já é possível fazer o exame da Translucência Nucal (TN) para detectar a existência de Síndrome de Down e cardiopatias congênitas. Alguns médicos conseguem determinar o sexo do bebê na ecografia das 12 semanas.

13ª semana: tem cerca de 7,4cm e pesa cerca de 23g.

14ª semana: tem cerca de 8,6cm e pesa cerca de 42,5g.

15ª semana: tem cerca de 10,2cm e pesa cerca de 70,9g.

16ª semana: tem cerca de 11,7cm e pesa cerca de 99,2g.

17ª semana: tem cerca de 13cm e pesa cerca de 167,3g.

18ª semana: tem cerca de 14,2cm e pesa cerca de 189,9g.

19ª semana: tem cerca de 15,2cm e pesa cerca de 241g.

20ª semana: tem cerca de 16,5cm e pesa cerca de 300,5g.

21ª semana: tem cerca de 26,7cm e pesa cerca de 360g.

22ª semana: tem cerca de 27,9cm e pesa cerca de 454g.

23ª semana: tem cerca de 29,2cm e pesa cerca de 499g.

24ª semana: tem cerca de 31,8cm e pesa cerca de 567g.

25ª semana: tem cerca de 34,3cm e pesa cerca de 680g.

26ª semana: tem cerca de 35,6cm e pesa cerca de 794g.

27ª semana: tem cerca de 36,8cm e pesa cerca de 907g.

28ª semana: tem cerca de 37,6cm e pesa cerca de 1,021kg.

29ª semana: tem cerca de 38,7cm e pesa cerca de 1,134kg.

30ª semana: tem cerca de 39,9cm e pesa cerca de 1,247kg.

31ª semana: tem cerca de 41,3cm e pesa cerca de 1,497kg.

32ª semana: tem cerca de 42,4cm e pesa cerca de 1,701kg.

33ª semana: tem cerca de 43,2cm e pesa cerca de 1,928kg.

34ª semana: tem cerca de 45,1cm e pesa cerca de 2,155kg.

35ª semana: tem cerca de 45,7cm e pesa cerca de 2,381kg.

36ª semana: tem cerca de 47,6cm e pesa cerca de 2,608kg.

37ª semana: tem cerca de 48,9cm e pesa cerca de 2,858kg. Se nascer a partir das 37 semanas, já não é mais considerado prematuro.

38ª semana: tem cerca de 50,2cm e pesa cerca de 3,084kg.

39ª semana: tem cerca de 50,8cm e pesa cerca de 3,289kg.

40ª semana: tem cerca de 50,8cm e pesa cerca de 3,402kg. É um bebê a termo.

Tabela de equivalência:

Quando conversamos com médicos e outras pessoas da área da saúde, sempre se referem à gravidez por semanas. Aí conversamos com nossas mães ou parentes de outra geração, que sempre querem saber e se baseiam no mês de gestação. Apresento a equivalência, para podermos nos entender com nosso médico ou tia-avó.

desenvolvimento do bebê semana a semana

Leia sobre minhas duas gestações: de feto único e de trigêmeos.

Leia as 10 coisas que eu não sabia sobre a cesárea.

Até mais!