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Os trigêmeos (e os gêmeos) da Francieli

De Sorocaba-SP, Francieli da Silva Oliveira, de 25 anos, é duas vezes mãe de múltiplos! Ela tem cinco filhos: os gêmeos Kaíque e Kauã, de 8 anos, e os trigêmeos Miguel, Karoline e Júlia, de 9 meses. Diego Henrique Vieira de Oliveira, de 23 anos, é o pai do trio.

os trigêmeos da Francieli

“Tive os gêmeos aos 17 anos. Minha maior preocupação ao saber que estava grávida aos 17 anos (e ainda de gêmeos) era em como eu iria fazer para cuidar deles sozinha, já que o pai deles e eu não continuamos juntos. A gravidez deles foi conturbada mas contudo foi tranquila pois não fiquei internada antes e eles nasceram no tempo certo. Nasceram com 37 semanas, de cesariana, no dia 24 de abril de 2007. O G1 pesou 2,020kg e mediu 45cm e o G2 pesou 2,220kg e mediu 44,5cm. Eu tive que tomar 3 bolsas de sangue pois fiquei com uma anemia muito forte após o parto.

Cuidei deles com a ajuda dos meus pais e minha irmã. Quando engravidei estava no 3° ano e não consegui concluir o ensino médio. Depois que eles nasceram eu voltei a estudar à noite e estudava na mesma sala da prima do meu marido, Diego. Nos conhecemos e começamos a namorar. Um ano depois, fomos morar juntos e, mais um ano depois, nos casamos.

Eu havia feito um tratamento para uma úlcera. Quando comecei a ficar enjoada, passando mal, achei que ela tinha voltado. A enfermeira pediu pra fazer o teste e daí o susto foi enorme ao descobrir a gravidez! Estava com medo de serem gêmeos outra vez, mas mal sabia eu! No primeiro ultrassom (com 8 semanas), o médico viu apenas dois sacos gestacionais. Depois comecei a sentir muita dor no pé da barriga e no hospital foi feito um novo ultrassom, aonde o doutor encontrou mais um feto. Eu já estava de 12 semanas. Minha reação foi de muito choro e medo pois estava numa gravidez sem planejar e ainda vinham três bebês!

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Tive pneumonia com 5 meses de gestação e fiquei internada por 8 dias. Mais adiante, quando estava de 32 semanas, comecei a sentir contrações e fui internada pra tomar remédio pra inibi-las. Queríamos completar as 34 semanas. Tive infecção de urina e tive que tomar antibióticos. Depois de uns 5 dias minha pressão começou a subir e o líquido amniótico das bolsas diminuiu, principalmente da Júlia, a G3. Então fizeram o parto. Eles nasceram com 33 semanas e 5 dias, no dia 28 de julho de 2014. O G1 (Miguel) pesou 1,950 kg e mediu 43cm; a G2 (Karoline) 1,925 kg e 42cm e a G3 (Júlia) 1,780 kg e 41cm. Ficaram 7 dias na UTI neonatal. Foram os dias mais difícil da minha vida pois pude segurá-los apenas 8 dias depois e foi horrível ter alta sozinha.

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No começo minha mãe, minha sogra, tias e primos se revezavam me ajudando 24 horas até mais ou menos os 3 meses. Depois disso cuido deles sozinha durante o dia e à noite meu marido me ajuda. Não tenho trabalho para identificá-los porque as meninas são diferentes. E a Júlia tem uma marca na perna esquerda.

No início os gêmeos ficaram com ciúmes, mas depois se acostumaram com a idéia, afinal, eles se sentiram muito importantes pois ninguém que eles conhecem são gêmeos e tem irmãos trigêmeos. Eles me ajudam muito com os 3 e são super protetores”.

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A Francieli me contou que desde o início do ano passado os gêmeos ficaram morando com os avós porque o casal mudou de bairro (para uma casa maior). Kaíque e Kauã ficaram com a avó porque a escola deles é mais próxima à antiga residência. Mas eles passam todos os fins de semana juntos.

Fico impressionada com histórias de mulheres que tiveram mais do que uma gestação múltipla! A Francieli tem uma bela história pra contar, hein?

Você também tem trigêmeos e quer contar sua história aqui? Manda um e-mail pra mim: contato@ostrigemeosdamichele.com.br. Até mais!

Os trigêmeos da Andréa

De São Paulo-SP, Andréa Ferreira Jacoto, 43 anos, e o marido Andre Pronin, 44, são vitoriosos pais de quatro filhos. Depois de anos tentando ter um bebê e 9 fertilizações in vitro (FIV), o casal teve a pequena Larissa, de 2 anos e 8 meses. Querendo ser pais novamente, implantaram mais 2 embriões e vieram os trigêmeos Anna, Alexandre e Filipe!

Os trigêmeos da Andréa

“Iniciamos tratamento em 2006 e somente após 9 fertilizações in vitro (FIV) conseguimos engravidar da Larissa. Após tantos anos de tratamento de fertilização, em um certo momento já duvidávamos de conseguir engravidar. Nada aparecia em nossos exames que pudesse identificar qual era o problema, o que dificultava o tratamento. Cheguei a engravidar em 2010 mas tive um aborto espontâneo na oitava semana, o que nos deixou muito frustrados. Era nossa sétima FIV.

Na 9ª tentativa, quando engravidei da Larissa, havíamos colocado 3 embriões. Mas somente um implantou. A bolsa da Larissa estourou com 25 semanas e precisei ficar internada por 2 meses. Ela nasceu de 32 semanas, com 38cm e 1,840kg. Larissa ficou na UTI por 24 dias. Respirava sozinha e só precisou ficar com acesso de antibióticos por 2 dias devido ao problema da bolsa rota (bolsa estourada), como precaução para qualquer infecção. Se alimentou por sonda nas duas primeiras semanas passando para mamadeira e peito em seguida. Teve anemia profunda e por isso demorou mais para ser liberada, mesmo com peso superior a 2 quilos.

Já sabíamos que para uma segunda gestação também teria que ser via FIV e nos programamos para iniciar quando ela completasse 1 ano e meio. Na ocasião, implantamos 2 embriões, imaginando ter somente 1 bebê. Após o tratamento tive que aguardar 12 dias para realizar o teste Beta HCG, mas pelos meus sintomas já imaginávamos que seria positivo. O índice deu 4 vezes maior do que o da Larissa e começamos a desconfiar de gêmeos. Eu também comecei a sentir muito enjoo e fome, chegando a passar mal se não comesse de 3 em 3 horas. No dia do ultrassom de confirmação, visualizamos as duas placentas e foi confirmada a gestação gemelar. Já ficamos apreensivos com este resultado e, enquanto tirávamos algumas dúvidas com a médica, ela localizou o terceiro saco gestacional, confirmando após os batimentos cardíacos a gestação trigemelar. Ou seja, um dos embriões se dividiu formando gêmeos idênticos (os dois meninos Alexandre e Filipe). Anna é a gêmea fraterna.

Confesso que passei mal na hora, tive tremedeira e precisaram acionar uma enfermeira para tirar minha pressão. Meu marido entrou em choque, ficou mudo… Quando nos recuperamos da surpresa nos questionávamos como iríamos fazer… No final do dia, apesar das preocupações com a gestação em si e com a criação de 4 filhos, já estávamos amando nossos trigêmeos.

Por ter tido problemas na minha primeira gestação, com rompimento de bolsa na 25ª semana, nossa médica se cercou de todos os cuidados para evitar qualquer problema. Eu tomava os medicamentos indicados devido ao tratamento, vitaminas e protetores estomacais. Tomava também injeções diárias de anticoagulante para evitar trombose. Minha alimentação foi bem equilibrada e me alimentava de 2 em 2 horas, engordando somente 8 quilos em toda gestação. Realizávamos ultrassons quinzenais para acompanhamento além dos morfológicos. Na 20ª semana, inseri um pessário uterino para auxiliar na sustentação do peso dos bebês, protegendo o colo e evitando rompimento de bolsa.

31 semanas

Andréa grávida de 31 semanas dos trigêmeos Anna, Alexandre e Filipe.

Como sou muito alta, minha barriga cresceu bastante, mas parecia que eu estava esperando somente um bebê, ninguém dizia que eram três. Não precisei fazer repouso absoluto. Diminuí meu ritmo, não pegava peso, parei de dirigir com 24 semanas de gestação e passei a ficar mais sentada ou deitada nas duas últimas semanas.

Foi uma gravidez tranquila e muito curtida. Diferente da primeira, quando fiquei internada, desta vez pude comprar o enxoval deles, montar o quarto, fazer chá de bebê e aproveitar cada fase. Tinha também uma condição física melhor, o que ajudou a evitar pressão alta, diabetes ou qualquer outro problema comum em gestação múltipla e com idade elevada.

A Anna estava em uma única placenta e é bem diferente dos irmãos. O Alexandre e o Filipe são idênticos e dividiram uma placenta, mas em sacos gestacionais distintos, o que foi positivo para evitar a síndrome de transfusão feto-fetal, nosso maior medo durante toda a gestação.

Nosso plano era de seguir com a gestação trigemelar até 34 semanas no mínimo, porém, um ultrassom na 32ª indicou que o Filipe estava com crescimento estacionado e que o cordão começava a dar sinais de interrupção de fluxo. Decidimos antecipar o parto para que ele não entrasse em sofrimento fetal. Então, assim como a Larissa, eles nasceram de 32 semanas e 5 dias, exatamente igual! Parece que foi planejado! Os trigêmeos nasceram no dia 8 de julho de 2014. A Anna com 43cm e 1,835Kg; o Alexandre com 41cm e 1,540Kg e o Filipe com 41cm e 1,415Kg.

Os trigêmeos ficaram na UTI neonatal por 26 dias. Respiravam sozinhos e somente o Alexandre ficou com oxigênio ambiente nas primeiras 24 horas pois nasceu muito ofegante. Também se alimentaram por sonda nas primeiras duas semanas. Devido ao baixo peso, fizemos “canguru” com os meninos por uma semana, quando os colocávamos em contato com minha pele diretamente por uma hora para ajudar no desenvolvimento. A Anna precisou de duas consultas com fonoaudióloga para aprender a sugar. Conseguimos sair do hospital com os três juntos, o que foi considerado uma grande vitória!

Trio RN

Trio - 1 mes

Eu conto com a ajuda de uma babá durante o dia de segunda a sexta e com o papai a noite e nos finais de semana. Durante dois meses eu contratei uma babá noturna que me ajudou bastante. A partir do quarto mês os três já dormiam 8 horas e não precisei mais de ajuda neste período.

Sobre a identificação, o Alexandre e o Filipe são realmente muito parecidos e já cheguei a trocá-los duas vezes… Tentei colocar uma pulseira, mas eles tiram. O que os diferencia é que o Alexandre tem um cortezinho na orelha direita e uma manchinha na perna esquerda. Fora isso, tento colocar roupas diferentes, mas sempre tenho que dizer quem é quem, até mesmo para o papai!

Trio - 8 meses

Os trigêmeos de Andréa já estão com 8 meses.

Hoje, apesar das dificuldades de criar 4 filhos, nos sentimos vitoriosos e digo que faria tudo novamente. Criei a fanpage Mãe de Proveta para dividir minha experiência com outras mulheres que tentam engravidar ou que já possuem filhos.

Estou escrevendo um livro com a nossa história, pois acredito que como nós, muitos casais que passam pela dificuldade de engravidar precisam enfrentar situações constrangedoras e até mesmo conviver com pessoas que não conseguem entender o que passam. São conflitos internos que podem destruir uma relação à dois e até mesmo com família e amigos. Minha intenção é que tanto estes casais quanto aqueles que convivem com eles possam ler e amenizar esta convivência”.

São guerreiros e vitoriosos! Me sinto muito feliz em dividir com vocês a história maravilhosa da Andréa e do André, junto aos seus quatro filhos. Muito obrigada por participarem!

Você também tem trigêmeos e quer contar sua história aqui? Me escreve!

Até mais!

Evitando frustrações com o sono

Tudo que é bom acostuma rápido, faz bem, quase vicia. Por mais seres inteligentes e pensantes que sejamos, nossas necessidades básicas ainda são as coisas que mais nos dão prazer. Comer e dormir, por exemplo. Dormir. Ah, dormir… Como é bom.

evitando frustraçõesCom trigêmeos recém-nascidos eu sabia que nunca dormiria. Nossa, como eu queria…, mas sabia que não era possível. Não criava expectativa, e aí não sofria. E quando podia, eu dormia, aproveitava!

Com quase 1 ano e meio, meus filhos dormem bem, a noite inteira. Nossa rotina costumava incluir sono noturno das 22h às 8h30. Ainda havia uma soneca diurna de cerca de 2 horas, logo depois do almoço. Aí a mais velha entrou na escola, trouxe pequenos resfriados, tosse e nariz entupido. Criança doente não combina muito com rotina. Faz uma semana que eles não dormem bem à noite e ainda acordam muito cedo. Eu, acostumada com coisa boa (lê-se dormir uma noite inteira) que estava, virei uma mãe-zumbi. Sofrendo horrores de saudade das minhas noites deliciosas de sono.

Evitando frustrações

A doutrina budista tem uma frase que retrata bem o que vivo com meus filhos: “Toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”. A expectativa que colocamos em algo e o que esperamos dele define nosso comportamento com o resultado. Eu sempre tinha baixas expectativas com relação a dormir. Sempre imaginava que não poderia, ou seja, não criava muita expectativa. Se eles por acaso dormissem bastante, tudo estava no lucro! Ficava hiper feliz e estava evitando frustrações.

Mas agora estou realmente cansada. Acostumei com a coisa boa que é dormir e, diariamente, quando me acordo exausta, imagino que a próxima noite será melhor (otimista que sou). Só que não tem sido. Então, a solução é, novamente, baixar os padrões e sonhar mais baixo para evitar a frustração. Apesar de isso ser uma coisa estranha, acaba sendo uma boa dica para as mães de filhos recém-nascidos ou para outras mães de múltiplos: não idealize expectativas muito altas, exercite seu cérebro para esperar menos e, assim, você estará evitando frustrações.

O nosso comportamento com relação à algo que nos acontece tem tudo a ver com a expectativa que colocamos naquela atividade. Procure fazer tudo que puder para melhorar sua vida e sua rotina, o que acabar sendo melhor do que você espera, só te trará felicidade!

Até mais!

Leia mais dicas sobre o sono dos bebês

A matemática da culpa

Aquela história da culpa de mãe bate à minha porta novamente. Depois que março começou e reorganizei minha rotina de trabalho, tenho passado menos tempo com as crianças. Ao mesmo tempo, Mônica iniciou a escola e tem trazido algumas gripes e resfriados para casa, resultando em crianças doentes e mãe mais ausente. Ou seja, a matemática perfeita para a culpa.

Gosto muito do que faço e meu trabalho me faz muito bem. Saio de casa, converso com outras pessoas sobre outros assuntos. Trabalho numa sala alugada no condomínio onde moramos, então estou bem perto de casa. Mas, ao mesmo tempo, estou longe porque não posso vir para casa com frequência. Tão perto e tão longe.

Junto à isso já vem aquele sentimento dolorido de pensar que não estou dando a atenção que gostaria aos quatro filhos. Com quatro crianças que têm praticamente a mesma idade, fica difícil prestar atenção e dar atenção aos quatro sem deixar um de lado. Mesmo que estejamos em duas (porque muitas vezes a babá está aqui enquanto eu também estou), eu sou a mãe e eu quero dar tudo de mim pra eles. Mas, eles são muitos!

Esses dias estávamos conversando sobre como é difícil ter trigêmeos. E isso não tem relação com o trabalho que dão! Claro que dão trabalho porque a função é o dia todo, mas me refiro à distribuição da atenção. A gente não consegue perceber as particularidades, incentivar o desenvolvimento de certas habilidades porque estamos sempre cuidando de três ao mesmo tempo. Tenho pena deles em certos momentos. Tenho pena por terem que dividir tanta coisa que teriam se tivessem vindo um de cada vez.

Com a Mônica foi tudo muito diferente. Ela tinha nossa exclusiva atenção. Eu conversava muito com ela, pegava nas mãos para ela caminhar, desenhava e pintava sentada ao lado dela, brincava de diversas coisinhas e passava um tempo de qualidade com ela. Com os meninos, além de me esforçar para continuar dando atenção à ela, ainda quero dar atenção na mesma medida para cada um. No fim, parece que não atingi o objetivo com nenhum. Vou dar um exemplo bobo, mas que acho que resume o que sinto: imagine que você comprou um livro e gostou muito. Você gostou tanto que quis ler o livro de novo, até para prestar mais atenção aos detalhes da história, que podem ter passados despercebidos na primeira vez. Passado um tempo, você viu o livro na prateleira e lembrou como o livro era bom e resolveu ler mais uma vez. No final, você leu o mesmo livro 3 vezes, com 3 percepções diferentes. Agora imagine-se lendo um livro que você está gostando muito, mas a cada parágrafo que lê, você volta ao início desse parágrafo e o lê de novo. Aí termina o mesmo parágrafo e lê pela terceira vez. Imagine-se lendo todo o livro dessa forma. Ao final, você poderá dizer que leu esse mesmo livro três vezes?

O que quero dizer é que não estou satisfeita com a forma como estou lendo esse livro. E da maneira como o livro é, não é possível lê-lo diferente. Preciso ter a ajuda da minha babá e, por muitas vezes, de outros parentes, para conseguir dar conta dos três meninos. E o fato de terem quase 1 ano e meio e ainda somente um estar caminhando me faz pensar que não estou fazendo um bom trabalho de estímulo e incentivo. Outro ponto é que eles têm assistido muita televisão. Gostaria de poder levá-los ao pátio do prédio, ao shopping e até ao supermercado. Gostaria de sair visitando os parentes, a vovó que mora na mesma cidade, as tias do meu marido que são como vovós pra eles também. Nossa, como eu passeava com a Mônica! Só eu e ela! Hoje, ficamos muito frequentemente em casa porque eles são muitos pequenos (não caminham) e não conseguimos sair com eles sem ter que ir em dois carros e cheio de outras pessoas junto. Às vezes paro para pensar e me dou conta que, em uma semana, os meninos não saíram de casa nem pra ir no corredor do andar!

Me dá uma sensação que estou falhando como família. Parece que eu preciso ter outras pessoas envolvidas para realizar qualquer atividade e isso me dá a sensação que elas estão criando mais vínculos com meus filhos do que eu mesma. E a culpa é dura, viu? Dói, machuca. E hoje, especialmente, ela veio com tudo.

O papel da madrinha

Meu marido e eu fomos convidados pela minha irmã Marina e meu cunhado Cristiano a sermos padrinhos do bebê que ela espera! Meu afilhadinho(a) ainda está com 11 semanas de barriga, mas eu já amo como se fosse um dos meus filhos! Fiquei ainda mais apaixonada por aquele embriãozinho só de pensar que eu vou ser a dindinha dele! Mas qual o papel da madrinha?

Quando estava grávida da Mônica, as duas pessoas que me vieram à cabeça para convidar para serem madrinhas dela foram minhas duas irmãs. Amo minhas irmãs e tinha certeza que qualquer uma delas seria a melhor escolha para ser uma boa dinda para o bebê que eu esperava. Optei pela minha irmã Marina porque ela é a segunda. Eu sou a mais velha, Marina é a do meio (apenas 1 ano e 3 meses mais nova do que eu), Milena é a mais nova (seis anos mais nova do que eu e cinco mais nova do que a Marina). Também contou o fato de ela ser casada com um cara muito legal: meu cunhado Cristiano.

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Batizado da Mônica em 6 de novembro de 2011. 

O vestido que ela usou foi feito para mim por minha avó paterna, dona Adda, para eu usar no meu batizado! Depois de mim, a Marina usou no batizado dela, a Mônica nesse dia da foto e a filha de minha prima (que também é neta dessa querida vovó que nos deixa com muita saudade).

Sendo assim, a Milena me fez prometer que eu teria outro filho para ela ser dinda (risos). Só que meu marido também tem dois irmãos (ele é o mais novo) e ele também queria convidar os irmãos dele para serem dindos de um filho nosso (e eu não gosto muito de escolher vários dindos para uma só criança). Por isso, então, resolvi ter trigêmeos! Hahahaha. Ter tido trigêmeos fez com que todos pudessem batizar um bebê nosso. A Milena acabou batizando o Murilo, a irmã do meu marido batizou o Matheus e o irmão dele, junto à esposa, batizou o Marcelo.

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Batizado dos trigêmeos em 2 de março de 2014. Na foto, os avós paternos, maternos e os dindos de cada nenê. OBS.: A igreja aceitou que minha irmã Milena e minha cunhada Dilvana fossem dindas individualmente.

Leia mais sobre o batizado dos trigêmeos

Mas depois de tudo isso dito, parei para pensar quais são, afinal, as responsabilidades de uma madrinha? O que as mães esperam da madrinha dos seus filhos? O que ela representa para a mãe da criança? Para mim, independentemente de qualquer linha religiosa que a família siga, ser dinda representa estar presente, ajudar a dar apoio moral à mãe, ajudar a preparar o chá de fraldas e os aniversários… Enfim, estar envolvida na vida e no desenvolvimento do afilhado! E é isso, também, que eu espero das dindas dos meus filhos. E escolhi parentes exatamente para que o contato não seja perdido.

O papel da madrinha

Pedi para as leitoras do blog na fanpage do facebook me ajudarem a ser uma boa dinda! Aqui estão algumas coisas que lá elas listaram, mostrando o que consideram importantes sobre o papel da madrinha:

* Estar presente e ser presente, não só DAR presentes em datas especiais.

* Ajudar buscando na escola, ajudar nas tarefas de casa, dar conselhos.

* Ficar atenta às vontades dele, no desenvolvimento e estar sempre ali pra quando ele precisar.

* Apoiar a mãe quando ela precisa, estar o mais presente possível na vida da mãe e do bebê.

* Ajudar a educar, ensinar com carinho e atenção.

* Preocupar-se constantemente com a criança e, se não puder estar presente, telefonar perguntando como está.

* Interessar-se pela criança em todos os seus aspectos.

* Ajudar financeiramente trazendo fraldas, por exemplo.

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Batizado da Cristina em dezembro de 2015.

Já estava passando muitas das roupinhas da Mônica e dos meninos para minha irmã. Ela já levou o berço que era da Mônica, o móbile, a babá eletrônica, carrinho, etc. Agora me sinto ainda mais na responsabilidade de ajudar! Quero dar pitaco em tudo, até na decoração do quarto. Pretendo ajudá-la a organizar o chá de fraldas. Quero muito estar presente quando essa criaturinha adorada nascer! Vou amá-lo como se fosse meu! Daqui uns anos, ele vai viver aqui em casa e nem vai querer ir embora porque vai querer estar com os primos e a dinda!

Atualizando o post:

Nossa Cristina nasceu em 2 de outubro de 2015 e é minha afilhada. Foi batizada em dezembro de 2015 e também usou o vestido que eu, minha irmã e Mônica usamos. Ela é muito amiga da Mônica e dos trigêmeos, e tem uma personalidade muito forte: é cheia de vontades! Ela é muito sociável e muito querida com as pessoas que a agradam. Não vejo a hora de ela poder vir passar o fim de semana com os dindos aqui em casa!

Até mais!