Ter gêmeos idênticos (univitelinos) é a pedida para, desde a gravidez, comprar várias peças iguais para eles. Coisa mais bonitinha ver aquelas crianças com o rostinho igualzinho e com a roupinha igual! Xerox. Control C, Control V. Eu adoro colocar uma roupinha igual para fazer uma foto bonita ou para confundir as pessoas (é divertido!).
Mas na prática não é tão fácil. Apesar de parecer lindo, vestir gêmeos idênticos com roupas iguais traz muita confusão, na minha opinião! Uma vez o Matheus olhou-se no espelho do elevador (estava sozinho com o papai) e apontou para o espelho e disse: “-Mano!”. Nem ele sabe que ele é, imagina se os outros vão saber…
Aqui listo cinco motivos para eu não vestir meus trigêmeos com roupa igual. Não coloco a mesma roupa neles porque…
1. É difícil de achar. Ao contrário do que dizem e do que você pode pensar, para mim nunca foi fácil achar três peças iguais do mesmo tamanho, sem ser sob encomenda. Não tenho muito tempo para pesquisar roupas ou ir à grandes lojas em grandes centros, então, fica difícil encontrar. No aniversário de 1 ano dos meninos eu consegui essas três camisetas do Bob Sponja iguais. Mas as calças jeans que eu queria não encontrei, só tinha igual de tamanhos diferentes.
Murilo, Matheus e Marcelo com 1 ano e 3 meses.
2. A maioria das roupas que os trigêmeos usam vieram de doação, geralmente de amigos e parentes cujos filhos já cresceram. Recebemos “desapegos” de diversas pessoas e eles usam mesmo! Nesse caso, nunca vem roupa igual, às vezes vem peças parecidas de cores invertidas.
3. Não temos neuras. O fato de os trigêmeos serem todos do mesmo sexo facilita muito a nossa vida. Quando estava grávida eu sonhava que podiam ser dois meninos e uma menina, assim eu teria dois meninos e duas meninas. Mas que bom que são todos do mesmo sexo! Assim, todas as roupas que compramos e ganhamos são de todos. Os três usam o que serve e o que está limpo. Por enquanto nenhuma roupa é de um filho específico. Tudo é de todos!
4. Eu me confundiria e não saberia quem é quem! Na fase que eles estão – quase 1 ano e 11 meses -, a gente reconhece o filho até pela voz. Quando um vem chorando, já sei qual é. Quando escuto a risada, sei de quem é. Mas quando estão de costas, sem falar ou chorar, e ainda com roupa igual… Aí, minha gente… Danou-se. Admito: confundo as crianças!
Aos dois meses era bem difícil saber quem é quem, por isso usavam pulseiras. Com a roupa igual, nessa foto eu confesso que não sei quem é quem! Creio ser Murilo, Matheus e Marcelo.
5. Preservação da individualidade. Os pobrezinhos já são trigêmeos, e ainda toda vez que a mãe vai chamá-los, mesmo sabendo muito bem quem é quem, acaba chamando o nome dos irmãos antes. É incrível. Imagina se estiverem com a mesma roupa! Vamos preservar o que for possível da individualidade de cada um, para que saibam que são cidadãos únicos, e não somente parte de um trio. Esse é o principal motivo para que eu querer os colocar em turmas separadas na escola, por exemplo. Se o uniforme já padroniza a escola, imagina três guris iguais com a roupa do colégio? Tá, mas isso é assunto para outro post.
Até mais!
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