Depois de cerca de um ano tentando ter um bebê, Raquel Silva, de Brasília-DF, engravidou naturalmente de trigêmeos. Ela e o marido, Renato Queiroz, ficaram surpresos ao descobrir que ela esperava três bebês, em três sacos gestacionais diferentes. Uma gestação tricoriônica triamniótica, ou seja, três sacos gestacionais, três placentas e três bebês não-idênticos. Dois meninos e uma menina, aos quais eles deram os nomes Erick, Murilo e Luiza. A gestação transcorreu sem maiores problemas e o casal esperava ir o mais longe possível para que os bebês nascessem saudáveis e não precisassem passar nenhum período na UTI neo-natal do hospital. Mas no dia 13 de março de 2015, Raquel e Renato foram surpreendidos pelo diagnóstico de Centralização Fetal.
A Centralização da Circulação Fetal causa compensação vascular e alterações na circulação fetal. É caracterizada pela redistribuição do fluxo sanguíneo, onde os órgãos mais importantes como cérebro, coração e o sistema nervoso central recebem mais sangue em detrimento dos pulmões, rins, baço e esqueleto. A grosso modo, é uma adaptação do organismo visando proteger os órgãos vitais. A existência do fenômeno é diagnosticada na ecografia com doppler (aquela que analisa o fluxo sanguíneo do feto).
Porque o fenômeno ocorre engloba diversos fatores, mas no caso deles a médica que os acompanha relatou que o fato de haver três bebês sugando os nutrientes da mãe (por ser uma gestação trigemelar) é o o motivo. Os nutrientes passaram a não ser suficientes à menina Luiza, que acabou sofrendo a centralização. A conduta obstétrica nesse caso não é unânime. No caso deles, como já estavam de 33 semanas e meia, os médicos preferiram realizar a cesárea. Mas quando o caso ocorre mais cedo nas gestações (seja múltipla ou única), as opiniões médicas divergem. Muitos preferem acompanhar a gestante e não interromper a gravidez, tudo depende da idade gestacional e os riscos da prematuridade. E ainda existem os exames falsos-positivos, outro motivo que leva médicos a aguardar. Mas, cada caso é um caso e devemos confiar na opinião dos nossos médicos!
Os trigêmeos Murilo, Erick e Luiza nasceram próximo à meia-noite do dia 14. Murilo veio ao mundo com 1,910kg; Erick com 2,080kg e Luiza com 1,670kg. Os dois meninos já respiram sem precisar de aparelhos e devem ter alta. A menina deve ficar mais tempo no hospital por causa do peso, mas passa bem.
Apesar de ter sido no susto e na correria, Raquel conseguiu levar a gestação até 33 semanas e meia e isso já é uma bênção! Boa sorte e bons fluidos nessa nova vida, que está apenas começando! E voltem pra contar a história de vocês daqui uns meses! Parabéns, Renato e Raquel!
Depois de passado o susto de descobrir que estava grávida de trigêmeos, comecei a idealizar certas coisas que eu viveria com eles. Pensei que poderia fazer fotos lindas, que eles iam dormir juntos, que fariam tudo juntos, brincariam muito! Sabe essas coisas que a gente sonha (como, por exemplo, dizer que nunca vai dar chocolate e deixar ver Galinha Pintadinha?) Bem, apresento 7 coisas que eu pensava que aconteceriam e o contraste com a realidade que vivemos enquanto estamos criando trigêmeos!
1) Tirarei muitas fotos lindas da família.
Expectativa
Realidade
2) Vestirei com roupinhas divertidas.
Expectativa
Realidade. Nunca fica legal.
3) Vestirei iguais.
Expectativa
Realidade. E agora? Quem é quem?
4) Não vão querer assistir televisão porque brincarão juntos.
Expectativa
Realidade
5) Férias divertidas na praia!
Expectativa
Realidade. Piscina no apartamento por medo de perder os filhos na praia.
6) Levarei as crianças no shopping com carrinho.
Expectativa
Realidade. Nunca tem 3 carrinhos disponíveis e os nossos não cabem no carro.
Mas, a mais importante de todas: pensei que nunca daria conta e que seria muito difícil viver criando trigêmeos!
7) Eles darão muito trabalho.
Expectativa
Realidade. A gente aprende a domá-los!
Meus filhos são tranquilos e me dão a maior alegria do mundo!
O blog abre espaço para contar a história da Caroline dos Santos Batista, de 36 anos, casada com Fábio Costa, de 34. A família mora em Brasília-DF. Eles já eram pais da Gabrielle quando descobriram que esperavam trigêmeos idênticos!
Carol e sua família, que já vai aumentar de novo.
“É um livro essa vida que levamos intensamente com os trigêmeos e mais uma! Minha história começou quando tinha por volta de uns 5 anos, quando cismei que quando fosse mulher e mãe teria gêmeos “iguais” e isso aconteceu porque minha mãe e minha avó na época diziam que se a gente comesse banana grudada, duas gemas de um mesmo ovo, e qualquer alimento que tivesse grudado, teria gêmeos! Passei minha infância, adolescência, juventude e fase adulta comendo esses “alimentos gêmeos”. Lá em casa todos já sabiam e deixavam aquelas bananas grudadas pra mim!
As sobrinhas de Caroline, Bárbara e Bianca.
Sempre fui louca por gêmeos e quando minha irmã engravidou, na segunda gestação, de gêmeas idênticas, curti ao máximo e achei que já tinha realizado meu sonho com minhas sobrinhas.
O tempo foi passando, casei, engravidei da minha filha Gabrielle, minha princesa. Claro que fiquei na expectativa de gêmeos mas me contive. Curti cada minuto da gestação e digo que brinquei de casinha com ela. Mas nos meus sonhos eu teria uma menina e teria gêmeos idênticos. Sempre tive essa fé louca. Bom, aí esqueci de tomar o anticoncepcional por dois dias e, naquele pensamento de tomar quando esquece, nunca imaginei que engravidaria! Mas comecei a passar muito mal, enjoava até da minha sombra e com minha irmã havia sido assim. Então ela e minha mãe olharam pra mim e minha irmã disse: ‘Carol, devem ser gêmeos porque você está igualzinha quando fiquei gravida das meninas!’ Fiz o teste de farmácia e deu positivo e na mesma semana fiz a ecografia. Meu marido nem foi comigo nessa primeira eco porque achávamos que, como não era a primeira gestação, já sabíamos como era. Na sala, a médica viu dois embriões e eu já abri um sorriso e já comecei a chorar! A médica achava que estava chorando de desespero (como é o que acontece com a maioria), mas não, eu estava tão feliz que chorava e ria ao mesmo tempo! Aí veio a surpresa, a médica fez uma casa de espanto e disse ‘Não acredito! Como foi mesmo que engravidou?’ Pois é, ela viu o terceiro embrião! ‘Está vendo aqui? São três!’ Ela chamou todos da clinica para ver! Imagine a situação! Eu lá naquela posição horrível, chorando feliz da vida e ela mostrando para os outros médicos! Hahaha. Da clínica mesmo liguei pra contar pra minha irmã, que não acreditou e me mandou dirigir com calma e ligar de novo quando chegasse em casa. Até hoje a gente ri da reação do meu marido! Ele ficou umas duas semanas em choque!!! Sem acreditar, olhava várias vezes a ecografia e só acreditou na segunda ecografia que fizemos porque ele foi comigo.
Carol grávida de 27 semanas, um mês antes do parto.
Eu não me continha em alegria e agradecimentos porque meu sonho estava se concretizando. Mais tarde foi identificada somente uma placenta e que o sexo era masculino. As recomendações da minha médica e de todos eram repouso absoluto! Cuidei de mim como nunca havia cuidado, fiz tudo que era recomendado mas mesmo assim eles quiseram nascer antes do tempo previsto. Com 31 semanas, passei mal na madrugada, o tampão saiu e liguei para a médica às 4 horas da madrugada e ela mandou eu correr para o hospital. Foi tudo lindo, mesmo com as dores foi tudo perfeito. No dia 28 de outubro de 2010, Kalel, Kaleb e Kauã às 10h30, 10h31 e 10h32. Todos com exatamente 1,5kg e 43cm, 42cm e 41cm, respectivamente. O hospital parou por conta deles! Tive muita atenção e carinho, o amor que tive na UTI, o atendimento e carinho de todos nos fortaleceram cada vez mais e mais. A única coisa ruim que muitas mães passam é a nossa alta sem os bebês. Aquilo ali me matou por dentro, foi uma sensação horrível sair sem nenhum bebê! Mas eu ficava com eles todos os dias no hospital, só ia pra casa a noite. Eles ficaram 21 dias na UTI e tiveram alta juntos, no mesmo dia!
A vida com os trigêmeos
No começo tive ajuda da minha mãe e meu marido. Fiquei seis meses de licença-maternidade e um mês de férias, então voltei a trabalhar quando eles tinham sete meses. Porém não aguentei e saí do emprego. Fiquei 10 meses e nesse período tinha uma babá que ajudava minha mãe com eles. Assim que saí do emprego dispensei a babá e ficamos só eu, minha mãe e meu marido.
São tantas coisas que vivemos com eles. O Kauã (o terceiro), após um mês que tinha saído do hospital, engasgou com o leite e pegou uma pneumonia e também uma infecção no intestino. Passou mais um mês na UTI eu não tinha vida porque tinha que ficar com ele no hospital e tinha o Kalel e o Kaleb também para cuidar. Meu coração partia quando deixava ele sozinho, mas a equipe médica, entendendo a minha situação, deixava sempre uma enfermeira só para ele quando eu não estava. Graças a DEUS ele foi um vitorioso e saiu dessa passando a perna nos outros porque hoje ele é o maior, o mais comilão.
Por serem idênticos e terem nascidos com o mesmo peso e praticamente nenhuma característica à parte, eram todos muito iguais. Tive a idéia de identificá-los com uma fitinha no pé para não correr o risco deles tirarem com a boca na mão. Até os 6 meses de idade eles usavam uma fita, cada um tinha uma cor. O Kalel sempre foi verde, o Kaleb azul e o Kauã amarelo ou laranja. Assim ficava fácil a identificação. Depois desse período não precisamos mais.
Foi tudo lindo e perfeito, hoje eu só sou alegria porque tenho uma princesa linda e meus trigêmeos que agora estão uns rapazes de 4 anos já na escola! Impossível não ser a atração onde passam. Além do meu sonho de tê-los, tinha o sonho de sempre vesti-los iguais! Sempre foi assim, até hoje recebo algumas críticas, mas nem me importo. Já comprovei à algumas pessoas que o melhor pra mim é vesti-los iguais porque quando estão em lugares cheios de crianças brincando é fácil de achá-los! Eles também adoram estar sempre iguais! Essa é uma característica nossa, sempre iguais, adoramos confundir as pessoas”.
Atualização em 01/12/2015: a Carol me mandou esse depoimento em março de 2015. Em dezembro de 2015 ela se descobriu grávida novamente! Está de 9 semanas, depois de ter feito ligadura há mais de dois anos. Apesar da surpresa, a família está muito feliz! “Meu marido está comemorando que é ‘só’ mais um. Afinal, seremos sete com o novo integrante e o nosso carro é de 7 lugares! Já pensou se na próxima ecografia a doutora acha mais um?”, brinca. “Estou num turbilhão de emoções, me sentindo preocupada mas ao mesmo tempo feliz, me sentindo perplexa mas especial, me sentindo confusa mas determinada”, postou em sua página no facebook. Parabéns, Carol e Fábio!
Muito legal a história da Carol! Muito obrigada pela participação! Você também tem trigêmeos e gostaria de contar sua história aqui? Manda um e-mail pra mim: contato@ostrigemeosdamichele.com.br
Menino ou menina? Basta descobrirmos que estamos grávidas para morrer de curiosidade para saber o sexo do nosso bebê. Batendo um papo com minha irmã (grávida de 10 semanas) e meu cunhado, estávamos tentando adivinhar e fazer apostas sobre o sexo do bebê deles! Minha irmã tem palpite que é menina. O marido dela acha que é menino. Será menino ou menina?
Me dei conta que eu “adivinhei” o sexo dos meus filhos nas duas gestações. Não sei porquê, mas eu tinha um palpite que a Mônica era uma menina. Já na gestação dos meninos, foi feita uma aposta com diversas pessoas entre parentes, amigos e meus alunos de inglês. Como tínhamos dois idênticos e um diferente, muitas pessoas apostaram em duas meninas e um menino. Outras várias apostaram em dois meninos e uma menina. Cinco pessoas apostaram em três meninas. Apenas eu e uma amiga apostamos em três meninos! Ou seja, mais uma vez, meu palpite estava certo.
Ecografia das 12 semanas: menino ou menina?
Há como saber o sexo do bebê, com cerca de 90% de precisão, já na ecografia das 12 semanas. Nesse exame, que deve ser realizado entre 11 e 14 semanas, é possível analisar a anatomia do bebê com muita precisão e medir a Translucência Nucal (TN). A TN é uma medida realizada na região da nuca do feto e ajuda a estimar o risco de algumas doenças como a Síndrome de Down e cardiopatias congênitas. O acúmulo de líquido na região pode ser um sinal de malformação ou doenças genéticas. Mas não é diagnóstico para isso porque se for detectada qualquer alteração, outros exames serão realizados. Enfim, quando se faz esse exame, também é possível descobrir o sexo do bebê. É com 12 semanas que o órgão genital começa a se diferenciar entre masculino e feminino. A diferença que os médicos vêem para afirmar o sexo é a posição de dois “risquinhos” quando pegam uma imagem lateral do bebê. Se os riscos estiverem retos, paralelos à linha da coluna, é uma menina. Se eles estiverem em ângulo, significa que os testículos estão “descendo” e formando o órgão masculino. Veja o exemplo da Mônica, com 12 semanas de gestação:
Mônica apresentou dois “risquinhos” em paralelo à coluna: menina!
E dos meninos foi diferente. Era mais difícil de ver. Os meus trigêmeos são plurivitelinos: dois idênticos e um diferente. O Matheus era chamado G1 e foi o primeiro analisado. Como era idêntico ao G2, depois de ver que era um menino, o médico teve certeza que Murilo também seria. Aguardamos para saber do G3 (Marcelo) e, então, eu soube que havia ganhado a aposta!
Difícil de ver, Matheus tinha os 2 “risquinhos” em perpendicular à coluna: menino!
Brincadeiras para saber se é menino ou menina
Indo contra meus princípios e deixando a ciência de lado, vamos brincar de superstição um pouquinho? Você já ouviu falar nas simpatias para descobrir se é menino ou menina? Existe o “teste da agulha”. É assim: pega-se uma agulha, coloca-se a linha (de qualquer cor) e uma pessoa segura a ponta da linha, deixando a agulha em pêndulo. A gestante estende a mão e a pessoa segura, sem mexer, a ponta da agulha. Então, bem paradas, elas esperam a agulha mexer-se. Se o movimento feito pela agulha for em círculos, é menina. Se for pra frente e pra trás, é menino. Para a Marina, a agulha fez o movimento para frente e para trás. Depois parou, iniciou o movimento circular e parou de novo. Isso, dizem, significa que ela terá um menino agora e uma menina na próxima gestação. Mas é só uma superstição e uma brincadeira divertida!
Agulha mostrou um menino!
Bom, enfim, acredito no “sexto sentido” da mamãe. Se ela acha que é uma menina, deve ser uma menina mesmo! A ecografia das 12 semanas está marcada para daqui a 2 semanas. Mas meu palpite de tia me diz que é um menino (eu tinha esse palpite antes da agulha). Vamos ver!
Até mais!
Atualização… Instinto de mãe é forte! Era menina mesmo! Nossa Cristina!
Depois de ter quatro filhos (vindos de apenas duas gestações), houve a minha preocupação em não mais engravidar e “fechar a fábrica”. Antes de tentar engravidar, por 10 anos eu havia tomado o anticoncepcional Mercilon, e nunca havia tido problema algum com ele. Mas depois de alguns meses sem tomá-lo e tentando engravidar, descobri que era portadora de endometriose. Esses foram alguns motivos de ter feito a opção pelo Mirena.
Enfim, qual seria o melhor método para uma pessoa como eu, que já tem os filhos que queria ter e não quer ter nova gravidez? A ligadura?
Quando estava grávida dos trigêmeos, logo nas primeiras semanas, abordei o assunto com a obstetra. Seria fácil fazer durante o meu parto. Mas, na época ela me alertou que, como eu estava grávida de trigêmeos, havia riscos de a gravidez ter algum problema, de os meninos nascerem muito prematuros ou ocorrer qualquer problema com eles durante o parto ou durante o período de UTI. Por isso, não deveria fazer algo irreversível. Nunca mais tocamos no assunto. Talvez pudéssemos ter tocado nesse assunto de novo mais próximo do parto, já que cheguei às 34 semanas e eles nasceram muito bem. Porém, achei que ela já tinha me dado o veredicto no assunto.
Depois do parto e durante a amamentação, tomei o anticoncepcional Cerazette, indicado à lactantes. Quando parei de amamentar, usei Gestinol 28. Só que depois de cerca de seis meses tomando Gestinol, senti muitas dores e fiz uma ecografia. Eu havia ovulado! Havia um corpo lúteo no meu ovário esquerdo (aquele que sofreu ovarioplastia na minha videolaparoscopia e me diziam que não funcionava mais). Ou seja, eu poderia ter engravidado. Minha pílula foi trocada para Qlaira. Não me adaptei porque me sentia estranha e tinha TPM, coisa que nunca aconteceu comigo e meu marido pode confirmar!!
O que é o DIU Mirena?
Então, mais uma vez, minha ginecologista obstetra me indicou colocar o Mirena. Ele é um sistema intra-uterino (SIU), em forma de “T”, feito de plástico e colocado dentro do útero com o objetivo de liberar uma pequena quantidade de levonorgestrel, hormônio que impede a gravidez. O Mirena evita que a mulher ovule e dificulta a passagem dos espermatozóides. Por esses dois mecanismos combinados o Mirena produz um efeito anticoncepcional de alta eficácia, que chega a 99,3%.
Porém, questionei minha médica porque eu sou uma espécie de exceção, né? Tipo assim… 1) Aos 17 anos, fiz uma cirurgia para retirada das amígdalas. Eu fui o único caso da minha médica de que os pontos da garganta abriram e ela precisou me levar de volta, às pressas, pra sala de cirurgia. Engoli muito sangue (porque, afinal, a cirurgia é na garganta) e os pontos abriram porque vomitei muito. Foram duas anestesias gerais no mesmo dia; 2) Tive endometriose; 3) Tive trigêmeos; 4) Fui o 0,01% de mulheres que ovularam tomando anticoncepcional; 5) Sou ruiva natural. Vai saber, né? Perguntei pra ela: “e se eu for o primeiro caso de mulher que engravida colocando Mirena?”. Ela disse: “ai, Michele, isola!”
Você pode pensar “mas por que seu marido não faz vasectomia?” Bem, como tive endometriose, não posso ficar sem tomar anticoncepcional ou usar outro método que diminua a menstruação ou pare com ela totalmente. Se eu deixar meu organismo voltar a trabalhar normalmente, posso desenvolver a endometriose outra vez. Então, mesmo com a vasectomia do marido, eu teria que tomar anticoncepcional.
A colocação do Mirena
Sendo assim, optei pelo Mirena porque posso ficar tranquila por cinco anos. Fiz a colocação ontem à noite no consultório da ginecologista obstetra. Ela me deixou bem calma (eu estava com um medo danado porque havia lido relatos de que doía). Me posicionou corretamente, anestesiou o colo do útero e eu senti uma picadinha (que não doeu um pingo). Aí, por causa da anestesia, fiquei meio boba, com audição aguçada, zumbido no ouvido. Ela havia me alertado que, além desses sintomas, eu poderia sentir os lábios formigando. Ela fez a colocação do Mirena e foi tudo bem tranquilo. Me prescreveu antibiótico (para prevenir), antiinflamatório e analgésico (para a dor). Daqui a 10 dias, voltarei ao consultório para ver se está tudo bem. A partir de lá, se estiver tudo bem, estou prevenida contra uma gravidez indesejada.
Além do medo de entrar na exceção e ser a sorteada de engravidar com Mirena, tenho medo de, daqui cinco anos, na hora de tirar o Mirena, engravidar… Mas vamos ser otimistas, né?