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3 meses com Mirena

Estou há 3 meses com Mirena (coloquei no dia 4 de março de 2015). Fiz a colocação do Mirena no consultório da minha ginecologista/obstetra. Ele é um sistema intra-uterino (SIU), em forma de “T”, feito de plástico e colocado dentro do útero com o objetivo de liberar uma pequena quantidade de levonorgestrel, hormônio que impede a gravidez. O Mirena evita que a mulher ovule e dificulta a passagem dos espermatozóides. Por esses dois mecanismos combinados o Mirena produz um efeito anticoncepcional de alta eficácia, que chega a 99,3%. E foi por isso que optei por ele.

Já contei nesse post porque decidi pela colocação: A opção pelo Mirena

E aqui contei os primeiros sintomas que tive após a colocação: 20 dias com Mirena

Durante um mês, eu senti muito cansaço, fadiga, enjoo. Minhas unhas ficaram quebradiças, meu cabelo ficou seco e caía em maços. Me assustei muito no início. Depois da primeira semana, iniciei um ciclo de menstruação que durou quase 30 dias e me irritou muito. Já sentia vontade de removê-lo. A obstetra disse que o organismo levava cerca de 6 meses para adaptar-se e insistiu que eu esperasse.

E não é que é verdade? Realmente, o organismo se acostuma com esse “invasor” e os sintomas vão diminuindo aos poucos. Minha menstruação (depois que parou aquele ciclo de quase 30 dias), já veio duas vezes e durou apenas 2 ou 3 dias, com fluxo muito pequeno. Não notei ganho de peso até agora. Meu cabelo parou de cair e já está nascendo novo (tenho uma franja esquisita nas laterais). Voltou a ser mais oleoso como antes. Minhas unhas, que sempre foram meio quebradiças, estão muito fortes. Mas as espinhas… Dessas eu estou com ódio! Nem nos meus mais lindos anos de adolescência eu tive mais do que duas espinhas no rosto ao mesmo tempo. Nessa o Mirena está me sacaneando.

Além disso, tenho percebido que continuo ovulando. Como passei quase dois anos tentando engravidar pela primeira vez, aprendi a reconhecer os sintomas do organismo quando estou nesse período (leve dor no baixo ventre, onde se encontram os ovários, e a famosa clara de ovo). Isso me deixa apavorada! Não quero ovular. Não quero correr riscos de ter nova gravidez. Ao menos não tão cedo! Uma leitora do blog me contou que engravidou usando o Mirena. Disse que estava bem colocado, na posição certa, e que ela entrou na estatística do 0,00001%. Ja fiquei com medo de novo.

Continuo tentando após 3 meses com Mirena

Bem, ainda estou me adaptando e ainda não desisti dele. Mas gostaria de alertar todas as mulheres que pensam em colocá-lo que o Mirena pode não ser tão maravilhoso como os ginecologistas pintam. Eu pensava que ele seria sensacional, excelente, sem nenhum efeito colateral, como tantas amigas haviam comentado comigo. Os ginecologistas falam dele como a oitava maravilha do mundo, mas já li dermatologista falando para mulherada abrir o olho.

3 meses com MirenaContinuarei relatando minha experiência à vocês. Mas enquanto isso, se eu optar por retirá-lo, o Matheus (o mais velho dos trigêmeos) já está estudando outros métodos contraceptivos pra mim. Essa foto que ilustra o post foi tirada na última sexta-feira, quando ele acompanhou meu marido e eu ao supermercado. Sabiam que ele entrou na farmácia que existe dentro do supermercado que frequento e foi direto no expositor de camisinhas? Pegou uma Durex com uma figurinha dum moranguinho (se não me engano) e entregou pra vendedora. Acho que ele quis dizer que não quer mais nenhum irmãozinho. Que vergonha… Vamos atender o pedido dele, então, né?

Até mais!

Atualização em janeiro de 2016: Realmente não me adaptei com o Mirena, principalmente porque engordei muito. Leia a continuação dessa história:

A decisão por tirar o Mirena

O que fazer quando a criança não quer leite?

criança não quer leiteSem dúvida esse é um problema na vida de uma mãe de trigêmeos (ou de qualquer uma)… a criança não quer leite!

Contei anteriormente que o antibiótico que meus meninos precisaram tomar fez com que ficassem mais seletivos na alimentação. Questionei a pediatra sobre isso, que me disse que o antibiótico que tomaram (com clavulanato) dá mesmo um mal-estar estomacal.

E sabiam que é comum a criança em torno de 1 ano começar a rejeitar o leite? A primeira sugestão é que as mães troquem a marca do leite para variar o sabor. E a gente não deve se estressar e ficar insistindo para que consumam. Às vezes é só uma fase mesmo. Experiência própria! Os meninos negaram durante muitos dias a mamadeira de leite, mas aos poucos o Marcelo e o Matheus voltaram a tomar seu mamá. Mas aí é que entrou o problema que me fez escrever este texto: o Murilo continua sem querer tomar seu leite!

Fico muito preocupada com a ingestão de cálcio, então, pedi uma orientação para a nutricionista Natalia Stedile, que tem muita experiência com o público infantil.

O que fazer quando a criança não quer leite?

Segundo Natalia, é normal o gosto das crianças mudar no decorrer da infância. “É uma questão de paladar e das experiências alimentares deles”, afirma. Mas ela defende que não é bom, na idade que meus meninos se encontram (1 ano e 8 meses), eles deixarem de tomar leite em função das proteínas, da vitamina D e do cálcio.

“O cálcio é um nutriente extremamente essencial na infância, já que participa ativamente da construção e manutenção de ossos e dentes. É extremamente importante consumir quantidades adequadas de cálcio, especialmente nessa fase, que é quando criamos a reserva de cálcio no organismo para a vida toda”, ressalta.

Segundo a nutricionista, existem outros alimentos que são fontes de cálcio: iogurtes, queijos, brócolis e amêndoas, por exemplo. “Mas o cálcio de origem animal – ou seja, leite e derivados – é melhor absorvido pelo organismo”, explica.

Ainda existe a dúvida se podemos substituir o leite de vaca por leite vegetal (como de arroz, amêndoas, soja, côco,etc.). Mas no caso das crianças a nutricionista prefere priorizar o leite de vaca exatamente por causa do cálcio.

Leia também: Leite: saquinho, garrafa ou caixinha?

Não quer o leite ou a mamadeira?

Pensei que meu filho Murilo poderia estar negando não o leite, mas o uso da mamadeira. Porém tenho oferecido sucos de diversos sabores à ele sempre na mamadeira, e a rejeição só acontece quando a mamadeira contém leite.

Como sugestão para suprir o cálcio, Natalia me disse para oferecer pão com queijo e iogurte ou batida (vitamina) de leite com frutas no café da manhã ou lanche da tarde. Novamente o iogurte antes de dormir. O melhor iogurte a dar seria o natural integral.

Se for necessário facilitar a aceitação do sabor, pode ser batido ou misturado com frutas e uma colher de chá de açúcar mascavo. E sempre oferecer vegetais folhosos verde-escuros nas principais refeições (bater espinafre, couve ou mesmo o brócolis com sopas e papinhas).

O caso do Murilo foi resolvido alguns meses depois com a aceitação do iogurte. Ele gosta bastante e eu estou dando com frequência. Meus três meninos adoram queijo e comem até puro! A Mônica é a única que não gosta de queijo, mas ela toma ao menos um copo de leite de vaca por dia.

E como é com os filhos de vocês? Vocês também tem dificuldades para organizar as refeições deles? Deixem sugestões nos comentários!

Até mais!

1 ano e 8 meses dos trigêmeos

Nascidos em 4 de outubro de 2013, os meninos completam hoje 1 ano e 8 meses. Mônica, nascida em 4 de agosto de 2011, completa hoje 3 anos e 10 meses. Faltam apenas dois meses para o aniversário dela!

1 ano e 8 meses dos trigêmeos

Esse último mês foi difícil! Tiveram broncopneumonia e precisaram tomar antibiótico por 10 dias. Mas, acompanhando o desenvolvimento deles pela minha descrição aqui no blog, vocês podem perceber que eu tenho falado sobre gripe e resfriado desde o post do 1 ano e 5 meses! Fazia mais de um mês que nós não dormíamos uma noite inteira. Estou extremamente feliz em contar que já faz uma semana que eles não estão com o nariz escorrendo, que não têm febre, nem tosse, nem coisa nenhuma! Finalmente voltaram a dormir a noite toda! Nem acredito em minhas próprias palavras!

Dar o antibiótico Clavulin por 10 dias aos três foi um suplício (eles fazem ânsia e querer cuspir tudo fora). Fazer uso do Aerolin de 4 em 4 horas também não foi fácil. Mas o pior de tudo foram as febres altas, que chegaram a 39,6 graus Celsius na madrugada do dia 19 de maio.

O antibiótico e a doença em si trouxeram mal-estar, então os meninos restringiram muito a alimentação. Não queriam saber de nada. Incluindo a mamadeira. Aos poucos, foram voltando a comer. Matheus e Marcelo voltaram a aceitar o mamá das 21h30 e das 8h. Mas já faz uns 15 dias que o Murilo não quer mais tomar mamadeira. Estou buscando alternativas para a ingestão de cálcio, mas por enquanto estamos fazendo uma papa de leite com bolacha Maria para ele.

1 ano e 8 meses dos trigêmeos

Não bastasse nossas preocupações com os trigêmeos, nossa Moniquinha acabou nos dando um susto imenso na última sexta-feira. Começou a reclamar de dor às 12:30 e a chorar freneticamente. Acalmava por uns 15 minutos e berrava novamente por 10. Às 17h consegui falar com a pediatra dela, que nos encaminhou para o hospital para fazer alguns exames. Ela estava com dificuldade para evacuar e, por consequência, segurava o xixi. Não conseguíamos fazê-la urinar e estava desde às 18h de quinta sem soltar uma gotinha. No hospital, a suspeita da pediatra se confirmou: bexigoma (distensão da bexiga devido ao acúmulo de urina).

Conseguimos convencê-la a fazer o xixi e saiu também o cocô. Mas como ela ainda tinha um pouquinho de dor, a médica do plantão pediu um EQU (exame qualitativo de urina) para ter certeza que não tinha infecção urinária. Trouxemos o potinho para coleta para casa. Antes do banho dela, conseguimos coletar. Deixei a urina no potinho com identificação dentro de um saquinho, bem no fundo da bancada do banheiro. Após o banho de todos, meu marido voltaria ao hospital para levar o material coletado e o resultado sairia ainda na madrugada. Enquanto eu secava e colocava o pijama na Mônica, Matheus apareceu na área de serviço mostrando ao meu marido seu troféu: o potinho da coleta do xixi. O frasco em uma mão e a tampa na outra. Vazio. Mas cadê o xixi que estava dentro? Houve a desconfiança se ele teria ingerido o xixi, mas descartamos. Naquela mesma noite, meu marido pisou de meia numa parte molhada do tapete do nosso quarto. Acreditamos que fosse o xixi.

A Mônica continuou choramingando e fazendo drama para ir ao banheiro. Não consegui convencê-la a colher o xixi para a análise. Passei o fim de semana tentando, mas ela tinha pânico do objeto coletor. Eu achava que conseguiria, mas tive muita pena dela. Como ela fazia xixi sem aparentar dor, cheguei à conclusão que ela tinha medo de fazer de tanto eu perguntar se ela estava com dor. Então, na segunda-feira pela manhã, dia 1 de junho, a levamos à pediatra junto com o Marcelo, que foi fazer a revisão da otite repetida (sarou 100%). A doutora examinou a Mônica inteira e disse que aparentemente não tinha nada, então desistimos do exame. Ela está muito bem, fazendo xixi sem problemas, mas ainda com medo de evacuar.

Ainda sobre o desenvolvimento dos meninos, eles estão se comunicando muito bem conosco. Já falam muitas sílabas e falta pouco, acredito, para soltarem a língua. Entendem tudo que dizemos. A Mônica, com essa idade, já conversava conosco. Não sei porque os meninos estão mais atrasados, mas tenho paciência e não vou pressioná-los. Estímulo damos todos os dias. Cada criança é diferente. Matheus fala bem mais do que os outros. Murilo e Marcelo brigam muito entre si, mas também brincam muito. O Marcelo faz gracinha para os outros rirem, é muito engraçado! Matheus não briga com ninguém.

Até mais!

Esperamos demais de nossos filhos

Observe essas duas situações para analisar se esperamos demais de nossos filhos:

1) Era o terceiro aniversário da filha. O primeiro aniversário que costuma-se dizer que a criança aproveita. Os pais investem em decoração, alimentação, convidam os amigos da criança e os parentes. Na hora do “parabéns”, a criança enfia a cabeça entre as pernas da mãe, chora e quer ir embora. Não gosta de ser o centro de tanta atenção.

esperamos demais de nossos filhos2) Filha de 3 anos, primeiro Dia das Mães dessa mamãe na escola. Veio bilhete na agenda, a mãe desmarcou compromissos de trabalho para estar lá. Chega na escola e percebe que deu sorte de seu nome estar selecionado na primeira fileira. Começa a apresentação, as crianças entram e entregam um presentinho para as mães ao mesmo tempo que cantam uma musiquinha com gestos. A criança do lado faz tudo bonitinho olhando para sua mãe, que sorri de volta. A filha dessa mãe reclama que está com sono (apresentação era às 18h), cruza os braços e não participa da apresentação.

Vi acontecer cena semelhante à primeira situação recentemente, com uma amiga minha. Já a segunda situação aconteceu comigo. O que elas têm em comum? A expectativa que os pais colocam em determinadas coisas vistas como importantes, mas que não são importantes para os filhos. Certamente esperamos demais de nossos filhos.

Leia também: O dia em que magoei minha filha

Criamos expectativas demais

Minha filha é um dos meus quatro tesouros. Ela é uma criança extraordinária e especial. É muito carinhosa comigo e com seu pai, sem contar o que faz pelos irmãos. O comportamento dela naquele dia da apresentação nada se parece com ela na maior parte do tempo.

Naquele dia, saí da escola arrasada. A sensação que eu tinha era a de que todos os filhos amavam suas mães e a minha filha não me amava. Minha filha entrou no carro e dormiu. Chegando em casa, depois dessa soneca, já estava comportando-se diferente. Tudo aquilo havia sido culpa do sono.

Vejo o semblante da minha frustração com o Dia das Mães no rosto de outros pais e mães em diversos momentos. Mas a gente só se decepciona quando cria expectativa diferente. Podemos criar expectativas com relação à uma promoção no trabalho, uma viagem de férias, um carro novo que compramos, mas será que devemos criar tanta expectativa com relação à reação de nossos filhos com coisas que nós é que damos importância?

A pobrezinha da minha filha nem sabia que aquilo era a celebração do Dia das Mães. Ela nem sabe o que é o Dia das Mães. Ela me dá carinho todos os dias e, sejamos sinceros, nos pequenos atos do dia-a-dia é que recebemos as verdadeiras homenagens e demonstrações de carinho de nossos filhos. Aprendi a viver esses pequenos momentos e a não esperar demais da minha pequena, a não criar situações ideais e a não imaginar um filho perfeito. E quando a gente faz as coisas com a mente mais calma, abre-se espaço para as surpresas positivas que preenchem nosso coração de alegria, como a florzinha que ela me traz toda a vez que volta de passeios pelo pátio.

Para que esperamos demais de nossos filhos? Até mais!

10 coisas que você só sabe depois que é mãe de múltiplos

Meus trigêmeos não são meus primeiros filhos. Eles são frutos de minha segunda gravidez. Depois de ter tido a Mônica, dois anos antes do nascimento dos trigêmeos, pensei que já sabia de quase tudo e que cuidar de um segundo filho ia ser fácil fácil. Então, vieram trigêmeos para me mostrar como eu estava enganada! Minha experiência anterior com a maternidade me ajudou muito, mas existem coisas que só quem tem vários filhos de uma vez, ao mesmo tempo (sendo mãe de múltiplos), vive e entende.

mãe de múltiplos

1) Se um tem febre, por exemplo, prepare-se porque todos terão. Não adianta. Se um dos bebês ou crianças tiver sintomas de alguma doença viral, é apenas uma questão de tempo até todos apresentarem o mesmo problema. Não adianta (embora às vezes valha a pena) separá-los em ambientes distintos e não deixarem brincar juntos. Provavelmente antes dos sintomas aparecerem um já tenha passado o problema pro(s) outro(s).

2) Uma técnica que funciona com um, pode não funcionar com o(s) outro(s). Não é porque são gêmeos e criados por você da mesma maneira é que vão apresentar preferências, gostos e até manias iguais! Aqui em casa, Matheus passa o dia pedindo colo ao pai, enquanto os outros preferem brincar pela casa. Por outro lado, as técnicas que utilizamos para fazer os bebês dormirem funcionam muito bem com ele. Para Matheus dormir no horário já previsto em sua rotina, basta colocá-lo na cama. Os outros precisam ser convencidos e, por muitas vezes, acabam adormecendo somente no colo.

3) Encontra-se dificuldade para pegar medicamentos gratuitos na farmácia popular. Você sabia que alguns remédios podem ser retirados em diversas farmácias com a tarja “Farmácia Popular” por custo zero? Um deles é o Aerolin, prescrito pelos pediatras e/ou pneumologistas para crianças com crise nos brônquios (principalmente casos de asma). Recentemente, devido à crise broncopneumônica, dois dos trigêmeos necessitaram desse medicamento. Mas só se consegue pegar duas caixas do remédio por mês com seu CPF. Se precisar para mais de um filho, é necessário que outra pessoa (como o pai), retire o medicamento. Se eu precisasse para os três, será que aceitariam o CPF da avó?

4) Anotar tudo se torna essencial. Organização e rotina são fundamentais. Se você às vezes não lembra que horas deu o seio pro seu filho e se foi o direito ou o esquerdo, imagine isso com mais de um filho ao mesmo tempo. É muito importante e facilitador usar um caderno para anotar que horas eles mamaram, fizeram cocô e, principalmente, que horas a medicação foi ministrada.

5) Comemora-se certos “marcos” de desenvolvimento que outras mães nem acham importantes. Por exemplo, pra nós foi importantíssimo o dia em que conseguiram segurar a própria mamadeira e mamar sozinhos. Facilitou nossa vida porque não precisávamos mais ter uma pessoa para cada nenê na hora das refeições. E não era um boa opção deixá-los acostumar-se com horários diferentes para as atividades. Leia 6 coisas que só quem é mãe de múltiplos comemora.

6) Desejamos ter mais braços. Esse é o sonho de qualquer mãe de múltiplos. Queremos dar o mesmo carinho para os filhos, o mesmo colo, a mesma atenção. Para isso, seria necessário ter um par de braços para cada um. Principalmente quando estão doentes, nosso maior desejo é acalmar todos com a mesma proporção. Como não dá, logo aparece a culpa.

7) Tudo é multiplicado. Quando vou fazer a malinha pra sairmos de casa, preciso levar tudo aquilo que as mamães levam (fraldas, mamadeira de suco, lanche, muda de roupa, etc.) para três crianças. Sempre levo uma muda de roupa de baixo para eventuais acidentes de xixi da Mônica. Além disso, todo o processo do banho, enxuga, arruma, escova os dentes, põe pijama é feito com trigêmeos e mais uma. E nossos gastos com plano de saúde, diferença de consulta médica, etc. também são multiplicados. A contrapartida da consulta pediátrica que preciso pagar, mesmo com plano de saúde, é de R$26. Não é muito. Mas quando levo os trigêmeos, esse número se transforma em R$78. Imaginem quanto sai a mensalidade do plano. É assim desde a gestação, quando fazíamos as ecografias. Sabe aquelas morfológicas 3D e 4D que o plano não cobre e você paga particular, supercaro? Quando a gravidez é múltipla, você paga conforme o número de bebês no útero. Pense no valor que você pagou com 1 e multiplique por 3!

8) Pensamos mil vezes antes de sair de casa e sempre ligamos para o destino antes de sair. É importante sempre ligar para o lugar que estamos indo para não perder a viagem. Quando os trigêmeos tinham 6 meses, tentei fazer a terceira dose da vacina Infanrix Hexa na clínica particular que havia feito as outras doses. Chegando lá, estava em falta. De lá mesmo, liguei pra outras duas clínicas e em uma delas a atendente me informou que tinha a vacina. Mas quando informei que precisava de três doses, ela disse que tinha apenas duas. Resumindo, foi necessário visitar três clínicas para conseguir vacinar os três meninos.

9) Você nunca passa despercebido quando sai com eles. Essa é a coisa mais engraçada. Saímos pouco com eles porque precisamos sempre ter mais alguém junto. Acredito que, até uma certa idade, terá que ser assim. Mas quando saímos, são tantas as pessoas que vêm falar conosco, fazer perguntas curiosas, pedem até para tirar foto! Nos sentimos muito especiais!

10) Aprendi na prática que em coração de mãe sempre tem lugar para mais um. Nessa frase, um clichê, contém muita verdade. A gente ama todos os filhos, cada um com suas particularidades. Cada dia um nos apresenta uma coisa nova, e a admiração por aquele cresce. No dia seguinte, é a vez do outro nos fazer uma gracinha. Ô, coração de mãe…

Até mais!